quarta-feira, 4 de maio de 2016

Aspectos sobre o atendimento à mulher prostituída



            Considerando as diversas variáveis que cercam o mundo da prostituição, tais como o preconceito, a exploração, a violência, o desrespeito, entre outras prejudiciais à mulher, questiona-se: por que mulheres entram e permanecem no mundo da prostituição? Problemas afetivos e educacionais?  Trabalho? Problema social? Com certeza são fatos que evidenciam a relevância social desse fenômeno.
            O termo prostituição como trabalho ou problema social destaca que ela está voltada à comercialização do corpo como repressão, escravidão ou para atender às necessidades básicas de sobrevivência, ou seja, o seu próprio sustento ou familiar. Essa situação possibilita que a rede do comércio do sexo movimenta um grande capital financeiro, principal motivo da exploração sexual comercial, pela droga, pela violência sexual, pelo erotismo e pela coisificação da pessoa.
            Nesse sentido, instituições como a Pastoral da Mulher – Unidade Oblata em Juazeiro/BA, realiza um trabalho voltado ao atendimento com acompanhamento personalizado à mulher que se prostitui e vive em situação de vulnerabilidade social, construindo e estabelecendo um vínculo de respeito, à mulher numa caminhada de reconhecimento e transformação de sua realidade.
            Aprofundar a capacidade de compreensão dos gritos antes silenciados por essas mulheres, é trazer à tona para a sociedade uma importante reflexão diante dos seus aspectos coletivos e lutas comunitárias. No âmbito social, lutar pela defesa e garantia dos direitos das mulheres, oferecendo espaços de reflexão e sensibilização da rede de atendimento local, com a Igreja e com o poder público sobre a problemática da prostituição, é com certeza um potencial desafio da instituição.
            É desafiador, pois a Pastoral como instituição social, reconhece que não é o seu papel suprir ou atender à todas as demandas do público atendido, pois, existem metas e objetivos que delimitam uma atuação. Ainda, o assistencialismo, por vez ocorrida não promove o protagonismo das mulheres, mas a insatisfação e insustentabilidade em seu processo. A mulher que busca os serviços na rede de assistência social, conforme citado acima, muitas vezes vem de uma experiência bastante marcada pela pobreza, discriminação de gênero, crimes, ambição, conflitos familiares e tráfico de drogas. Ela busca na Pastoral novas experiências de vida, respeito, fortalecimento de sua autoestima, autonomia para idealizar suas iniciativas para assim conduzir sua vida e de sua família.

Foto da internet
 
Mônica Siqueira C. Silva

Graduada em Serviço Social pela Universidade Anhanguera UNIDERP Bahia. Atua como Educadora Social na Pastoral da Mulher – Unidade Oblata em Juazeiro Bahia.

 

Nenhum comentário: