quinta-feira, 30 de abril de 2015

Regulamentação da prostituição é conversado pelas mulheres em Juazeiro.

Foi realizada nesta quarta feira, dia 29/04, uma roda de conversa com as mulheres participantes da oficina de artesanato. O tema da conversa foi "Regulamentação da Prostituição" que de forma lúdica com encenação teatral e depois debates, as mulheres e agentes puderam expressar suas opiniões sobre o tema.
O material utilizado foi a cartilha elaborada pela Unidade ao qual as mulheres Cicera Pereira e Diana Fernandes, integrantes do grupo Mariart`s, dramatizaram um diálogo entre duas prostitutas num espaço de prostituição com a presença de uma dona de bar apresentada pela agente Iana Joane. Foi uma história bem animada onde as que assistiram se divertiram com as dramatizações e também entenderam sobre o tema trabalhado.
Sobre a regulamentação da prostituição, foi feita brevemente uma pesquisa com as presentes se aprovam ou não a proposta. No momento, o resultado deu que a maioria  aprova a regulamentação porém as que são contra falaram com maior propriedade sobre este posicionamento. As agentes que conduziram o momento, Joice Oliveira e Maria das Neves tiveram o cuidado para que as opiniões fosse respeitadas mediante as falas foram sendo apresentadas, na busca de melhor participação delas.
 
Ao final, perceberam a necessidade de acessarem mais informações sobre o assunto. Também receberam kit`s de prevenção e bolsinha.

Pastoral da Mulher participa de audiência pública sobre violência contra a mulher.



A Pastoral da Mulher - Unidade Oblata em Juazeiro, participou de audiência pública realizada na noite desta terça-feira (28) na Câmara de Vereadores de Juazeiro onde foi abordada a problemática da violência contra a mulher, com o tema: “Uma vida sem violência: direito das mulheres”.


A proponente dessa sessão solene foi a vereadora Poliane Amorim (PCdoB) que iniciou a discussão do tema direcionando seu discurso à secretária de políticas públicas voltadas para as mulheres no Estado da Bahia, Olívia Santana solicitando o apoio para o fortalecimento das políticas voltadas para as mulheres de Juazeiro.
 
 
A delegada Rosineide Mota, representante da DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), apresentou dados sobre as ocorrências de violência contra a mulher feitos na cidade e ainda as condições em que o órgão se encontra para a realização dos atendimentos. demonstrando que houve redução no número de agressões. Segundo Rosineide, “Os números nos deixa felizes, pois, apesar de ser em menor proporção, houve um declínio nesses números de 2013 para 2014. O número é ainda alto, mas a delegacia carece de mais recursos, pois, atualmente, só há quatro agentes de polícia e uma viatura – número insuficiente para atender a um município do porte de Juazeiro”.
 
 
Para encerrar, a secretária de políticas para as mulheres do Estado, Olívia Santana, apresentou essa situação como um desafio. “Esse desafio é muito complexo pela demanda existente na cidade, mas precisamos refletir sobre o porquê que essa situação ainda ocorre. Precisamos que os homens atuem como seres humanos com consciência e capazes de pensar uma nova sociedade em que não há violência entre homens e mulheres. Precisamos firmar um pacto civilizatório”, declarou Santana.


Ela ainda atentou se aos inúmeros pedidos feitos pelas representações de mulheres presentes, como a Pastoral da Mulher, que usou da fala para apelar sobre a instalação de uma casa de acolhimento para as mulheres vitimas de violência, pois a cidade apresenta esta grande necessidade.  Garantiu que este pedido da população será considerado e cabe também às forças politicas locais para a instalação deste instrumento de proteção.

Estiveram presentes na audiência, as trabalhadoras sociais Joice Oliveira e Maria das Neves.

Fonte: Laiza Campos / Ascom CMJ 

Operação contra exploração sexual fiscaliza boates em São Carlos, SP

Ao menos 30 mulheres foram levadas para prestar depoimentos no MTE.
Ação conjunta começou na noite de quarta-feira (29). Ninguém foi preso.

Do G1 São Carlos e Araraquara

Cerca de 30 mulheres foram levadas para prestar depoimento no Ministério do Trabalho (Foto: Wilson Aiello/EPTV)
 
Uma operação conjunta para combater o tráfico de pessoas e a exploração sexual fiscalizou botes e casas de shows de São Carlos (SP) entre a noite de quarta-feira (29) e a madrugada desta quinta-feira (30). A ação reuniu os ministérios públicos Federal e do Trabalho, Defensoria Pública da União, Secretaria de Estado da Justiça e as polícias Rodoviária e Militar. Cerca de 30 mulheres, todas maiores de idade, foram levadas para prestar depoimento no Ministério do Trabalho. Ninguém foi preso.
 
A operação foi realizada após denúncia sobre exploração sexual feita na Defensoria Pública da União do Estado do Pará para o Núcleo de Enfrentamento do Tráfico de Pessoas da Secretaria da Justiça.

A mãe de uma das meninas que trabalham nas casas de shows em São Carlos relatou no processo que a filha havia sido aliciada e forçada a se prostituir.  A jovem foi encontrada em uma casa alugada pelo proprietário da boate juntamente com oito meninas do Pará. “A casa estava em boas condições e não havia indícios de trabalho forçado ou degradante”, relatou Ricardo Alves, executivo da Secretaria Estadual de Justiça.

Irregularidades


 Segundo o gerente regional do Trabalho, Antônio Valério Morillas Júnior, a fiscalização encontrou diversas irregularidades, como problemas de registros das casas.

“Foram apreendidos documentos que provam a servidão dessas trabalhadoras com a empresa, ou seja, documentos que comprovam dívidas delas e que vão com certeza caracterizar o trabalho escravo e terão desmembramentos em que pode até haver a prisão do proprietário”, explicou.

Os relatos colhidos no Ministério do Trabalho serão avaliados pela comissão. “Há fortes indícios de aliciamentos, porém, os depoimentos foram muitos sincronizados e semelhantes, como se houvesse alguma orientação para como se comportarem em eventual fiscalização”, disse.
 
Segundo ele, informações sobre a fiscalização podem ter vazado, pois em algumas casas não havia movimento, apenas as mulheres estavam no local.
 
Operação conjunta fiscalizou casas de shows e boates de São Carlos (Foto: Wilson Aiello/EPTV)Operação conjunta fiscalizou casas de shows e boates de São Carlos (Foto: Wilson Aiello/EPTV)

 

A decadência econômica do rio São Francisco

 

O óbvio se confirma. As principais atividades econômicas do rio São Francisco começam a entrar em decadência, em razão da diminuição do volume de água do Velho Chico. Hoje o ponto com mais água está aqui entre Juazeiro e Petrolina, com 1.000 m3/s. Vale lembrar que a vazão média do São Francisco até alguns anos atrás era de 2.800 m3/s. Sobradinho está com apenas 17% de sua capacidade ocupada por água.
 
Não estamos falando da pesca, da agricultura de vazante, nenhuma dessas economias das populações tradicionais. Essas estão extintas ou fragilizadas há muitos anos. Falamos da economia do capital.
 
A geração de energia começa declinar. Nesse momento apenas uma de seis turbinas está gerando energia em Sobradinho. Construído mais para servir de caixa d'água para as barragens à jusante que para gerar energia, foi aproveitada de última hora no regime militar para também gerar. Num debate na Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (CODEVASF) na semana da água, os técnicos avisaram que a única turbina em funcionamento vai parar até final de junho ou início de julho.
 
Segundo, foi avisado que em final de julho e começo de agosto vários projetos de irrigação da região poderão ter seu acesso à água cortado. Os dois mais ameaçados são o Nilo Coelho – margem esquerda, Petrolina – e o Maniçoba na margem direita, em Juazeiro. Em ambos a distância da água será tão grande que sua captação será inviabilizada.
 
Acontece que Juazeiro/Petrolina montaram sua economia baseada na irrigação. São as fazendas irrigadas, que demandam água, insumos, implementos, mão de obra, que por sua vez movimentam o comércio de alimentos, eletrodomésticos, construção civil, carros, bares, restaurantes, assim toda cadeia produtiva.
 
Em breve pode acontecer com Juazeiro/Petrolina o que Monteiro Lobato chamou de "Cidades Mortas" no Vale do Paraíba depois que o ciclo do café se encerrou e deixou para trás cidades fantasmas economicamente mortas. Toda economia baseada em um único ramo produtivo acaba por ter esse final trágico.
 
Por fim, o que era para ser uma hidrovia – vocação natural do Velho Chico entre Juazeiro e Pirapora – hoje não passa de um filete de água com a população atravessando à pé seu leito, como é o caso entre comunidades de Pilão Arcado e Xique-Xique. Nem barcos menores conseguem mais navegar com facilidade. A ideia de transportar a soja do Oeste Baiano para Juazeiro ou Petrolina via rio hoje não passa de um delírio.
 
Mesmo assim vários projetos de expansão da água do São Francisco continuam na agenda, como a Transposição de Águas para outros estados no Nordeste, o Canal do Sertão em Petrolina, o Baixio do Irecê na Bahia, assim por diante.
 
Que a equação não fecha todos sabem. Enquanto isso, o Velho Chico definha a olhos vistos. Agora os que se beneficiam do rio – setor elétrico, irrigação, agro e hidro negócios, etc. – começam sentir na pele o resultado do processo destrutivo. O futuro dessas atividades econômicas está atrelado inexoravelmente ao futuro do rio. Aliás, como de toda população do Vale.
 
Essa decadência não é pontual. Há mais de dez anos, desde o apagão, o São Francisco não mais recuperou grandes volumes de água. Portanto, o raciocínio correto é que essa é a nova realidade, a exceção será alguma cheia.
 
Aqui em Juazeiro/Petrolina os irrigantes estão apavorados e não é sem razão. Porém, nada indica que se queira rever a fundo o modelo econômico predador imposto ao velho rio. 
 
Por Roberto Malvezz

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Polícia investiga se meninas foram aliciadas para prostituição em Goiás

 
Meninas de 12 anos fugiram de casa e ficaram três dias desaparecidas em Jataí, Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
 
A Polícia Civil investiga se duas meninas de 12 anos foram aliciadas para prostituição em Jataí, no sudoeste de Goiás. Após três dias desaparecidas, elas foram localizadas pela Polícia Militar, na terça-feira (28), em uma casa na periferia da cidade.

 As menores relataram ao Conselho Tutelar que receberam proposta de prostituição. “Uma delas alegou que elas teriam recebido o convite para serem garotas de programa”, disse a conselheira Lara Rúbia de Oliveira Cristã.
 
As garotas vão passar por exames para constatar se houve violência sexual. Por enquanto, ninguém foi preso.
 
De acordo com a PM, as duas foram localizadas após uma denúncia. Elas estavam sozinhas no imóvel e passavam bem. “Chegamos no local e as duas estavam almoçando, estavam tranquilas, depois, com a nossa presença e sabendo que o pai tinha encontrado elas começaram a ficar nervosas”, contou o cabo da Polícia Militar Luis Carlos da Silva.
 
O pai de uma das meninas, que não quis ser identificado, afirmou que notou alteração no comportamento da filha nos últimos dias. “Eu vinha prestando atenção, mas eu não consegui descobrir o motivo [da mudança no comportamento], mas é mesmo só por causa de má companhia né”, relatou o homem.
 

Tirar foto de uma mulher sem consentimento dela é assédio!

assedio sexual            

NA LUTA CONTRA O MACHISMO PARA QUE A MULHER TENHA SUA IDENTIDADE E INTEGRIDADE PRESERVADAS – RELATO DE ASSÉDIO NO CABO BRANCO
 
no Cunha Feminista
 
Recebemos na segunda feira (27/04) através de uma de nossas redes sociais um relato de um caso de assédio na praia do Cabo Branco e de como os representantes da segurança pública do local ainda estão despreparados para receber e dar a devida atenção as situações de violência que as mulheres sofrem diariamente. Essa jovem fez questão de entrar em contato por entender que é importante que todas e todos nós continuemos na luta contra o machismo e para que sua história pudesse de alguma maneira ser usada para incentivar as mulheres a lutar pelos seus direitos. É importante que campanhas sejam feitas para educar os homens e sociedade em geral para respeitar as mulheres e combater o machismo em seu dia a dia, inclusive em situações que podem ser consideradas pequenas ou pouco importantes. Para que a mulher tenha sua identidade e integridade preservada, como afirma M.T. em seu relato. Confira!
 
“Estava caminhando na praia com uma amiga, quando dois homens passaram ao nosso lado caminhando e eu escutei um ‘click’ de câmera. Me virei e vi o celular virado na minha direção, parei de caminhar e perguntei a minha amiga se ela também tinha visto. Ela me disse que não, que talvez eles estivessem tirando foto do mar e não da gente. Então dois amigos nossos, que vinham mais atrás, chegaram até nós e nos contaram que os dois caras tinham tirado uma foto nossa de costas, ou pelo menos parecia que haviam tentado isso. Nisso minha amiga disse que isso não era nada demais, que não deveriam nem ter aparecido nossa cara e meus amigos argumentavam que a foto provavelmente teria ficado borrada e bem ruim (…) passei um tempo considerável explicando que eu havia sido sim vítima de abuso, chamei o salva-vidas próximo que me encaminhou para a Polícia Militar, que me perguntou se ele não teria me achado bonita e por isso teria tirado uma foto minha.
 
Ou seja, enquanto eu pedia para que alguém me acompanhasse, atrás dos caras (com certeza poderíamos alcançar eles), me passaram para um sargento, que ligou para a polícia de turista, que chegou vinte minutos depois e reuniu meus dados e características dos violadores, me prometendo que iriam fazer uma ronda na Av. Cabo Branco e me informariam caso encontrassem eles.
 
Foi uma situação muito desconfortável ter que explicar a um policial militar que era um crime tirar uma foto minha sem minha permissão e que não importava se meu rosto aparecia ou não – e fazer isso ainda estando só de biquíni e sem sandálias no asfalto, ao meio dia, deixou a situação um pouco mais dramática, porque enquanto  explicava o fato do abuso eu estava simultaneamente sendo abusada por vários policiais que estavam ‘me secando’ e se fingindo levemente interessados para não terem que me dizer que ‘Moça, não achamos que isso é crime nem violação, a senhora deveria só ir aproveitar o mar’.
 
Bem, o que quero com esse texto gigante não é desabafar, mas sim ajudar. Aposto que isso é uma situação cotidiana que muitas mulheres deixam passar em branco como minha amiga, considerando que não vale a pena a briga ou que não foi nada demais. Eu discordo e acho que ficar calada valida o machismo e ignora o direito da mulher de ter sua identidade e integridade preservada.”
 
Nós da Cunhã, enquanto coletivo feminista que luta pelo fim de toda e qualquer tipo de violência contra à mulher concordamos com M.T. e defendemos que é necessário preparar melhor os representantes dos órgãos responsáveis e membros da segurança pública, para atender melhor estas situações de assédio.
 
Tirar foto de uma mulher sem consentimento dela não é normal. É assédio!
 
29/4/2015
Fonte: Geledés Instituto da Mulher Negra

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Integrantes da Pastoral da Mulher de Juazeiro participam de café da manhã no Centro de Referência de Assistência Social

 
Representando a Pastoral da Mulher de Juazeiro, as trabalhadoras sociais Iana Joane e Railane Delmondes participaram de um café da manhã promovido pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro Itaberaba, ocorrido na última sexta-feira, (17/04) e que teve como objetivo apresentar à rede: educação, assistência, saúde, igrejas, a nova equipe de profissionais que após processo seletivo irá prestar serviços sócio assistenciais no Cras.
O momento iniciou-se com o acolhimento das entidades convidadas, dentre elas: Conselho Tutelar, Escola Municipal José Pereira, Policia Militar, Pastoral da Mulher, Unidade Básica de Saúde do Bairro Itaberaba, Igreja Congregacional do bairro Itaberaba, Centro Espírita, Secretaria de Desenvolvimento e Igualdade Social e Universidade Estadual da Bahia.
A coordenadora Risete Aguiar apresentou a nova equipe de profissionais composta por treze trabalhadores sociais e dois estagiários na área jurídica em parceria com a Universidade Estadual da Bahia (UNEB). Salientou também a alegria com a chegada de mais profissionais que irão contribuir com o trabalho desenvolvido na área. Vale ressaltar que o Cras - Itaberaba tem como área de abrangência os bairros: Airton Sena, Vila Frei Damião, Vila Canudos e Itaberaba.
Na oportunidade, as instituições que puderam estar presente falaram da importância, bem como, da forma que cada uma poderia contribuir para o trabalho do Cras. Todos se colocaram à disposição para que juntos possam estar somando forças a fim promover um trabalho articulado na busca pela garantia de direitos dos usuários que necessitam dos serviços.
Finalizando, cada membro do Cras apresentou um pouco da sua atuação dentro do Centro de Referência da Assistência Social, sendo que atualmente a equipe é composta de: assistentes sociais, psicólogos orientadores sociais, monitores, auxiliar administrativo, merendeira e coordenador.
Para a Pastoral da Mulher de Juazeiro, a relação de parceria com o Centro de Referência de Assistência Social contribui bastante para desenvolvimento social da região, principalmente para com as mulheres que são atendidas pela Pastoral e também utilizam os serviços do Cras. Em nome de toda equipe da Pastoral, as agentes Iana Joane e Railane Delmondes deram as boas vindas à nova equipe.
 




Fonte: Pastoral da Mulher de Juazeiro

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Encontro das Cirandas Parceiras


Para aprofundar reflexões e articular ações na garantia dos direitos das mulheres em contexto de prostituição, a Pastoral da Mulher realizará o 1º Encontro das Cirandas Parceiras no próximo dia 29 de abril. O encontro contará com entidades das áreas de saúde, previdência, assistência social, saúde e educação que poderão conhecer melhor o trabalho desenvolvido pela Pastoral ao longo dos seus 36 anos de existência e aprofundar temáticas que estejam relacionadas à realidade e situações de vulnerabilidade social do público atendido pela instituição. Além da ampliação do conhecimento  sobre a temática da prostituição, buscando incorporar conhecimentos que são produzidos tanto pela Unidade, quanto pela Sociedade com vista à defesa dos direitos e da cidadania, na perspectiva da mulher.
 
 
 

Bahia capacita equipes para atuar nas Unidades Móveis de atendimento às mulheres em situação de violência

Unidades Móveis: profissionais são capacitadas para atender mulheres baianas. Foto: Divulgação SPM/BA

A partir do dia 27 de abril, as atividades das Unidades Móveis para atendimento a mulheres em situação de violência no campo e na floresta serão retomadas no interior da Bahia. As equipes multidisciplinares, compostas por profissionais das áreas de Serviço Social, Psicologia e Direito, foram capacitadas este mês pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM-BA), em parceria com o Instituto de Gerenciamento e Tecnologias.

De acordo com a programação da SPM-BA, serão beneficiados os municípios de Irecê; Vitória da Conquista; Litoral Norte; Região Metropolitana de Salvador; Extremo Sul; Sisal e Portal do Sertão.  

As Unidades Móveis fazem parte do programa Mulher, Viver sem Violência, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR) e têm por objetivo o atendimento em caráter de utilidade pública, o acesso aos direitos de cidadania e o enfrentamento à desigualdade de gênero.

Profissionais da Polícia Militar da Bahia, atuantes no projeto da Ronda Maria da Penha, também participaram da capacitação, com intuito de ampliar o conhecimento sobre as questões de gênero. O trabalho é coordenado pela SPM-BA, em articulação com o Sistema de Justiça, prefeituras municipais, movimentos de luta pela terra e organizações da sociedade civil, a exemplo dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais (STRs).

 

Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Homem mata esposa grávida a facadas porque ela não quis fazer jantar

feminicido            

Uma mulher grávida foi assassinada dentro de casa pelo próprio marido na segunda-feira (20) em Eirunepé, no Amazonas.
 
Márcia Xavier de Lima, 21 anos, estava grávida de dois meses. Ela foi atacada pelo marido, José Anderson da Silva de Souza, 24, que a esfaqueou e fugiu depois do crime. Segundo a polícia, José partiu pra cima da esposa porque ela não queria fazer o jantar da família. Ele foi preso depois do crime e autuado em flagrante por feminicídio.
 
 
Ele foi preso depois do crime e autuado em flagrante por feminicídio
Vizinhos ouviram a briga do casal na manhã de ontem e chegaram a chamar a polícia depois de ouvirem ameaças por parte do marido. Uma viatura foi até o local, mas já achou Márcia caída no chão de casa, onde a faca também foi deixada. Em busca pelo local, os policiais localizaram o suspeito, que foi tentou fugir pulando cercas e invadindo casas, mas foi preso pouco depois.
 
Em depoimento, José disse que o crime foi acidental pois ele não tinha intenção de matar a mulher. Mas o delegado Jony Leão, da Delegacia Interativa de Polícia (DIP), disse ao Extra que testemunhas ouviram José ameaçar a própria mãe, que estava na casa, antes do crime. “Esta pessoa nos informou que o homem estava com a voz alterada e com uma faca nas mãos. Para evitar a violência contra as duas mulheres, a testemunha chegou a entrar na casa de José com um pedaço de madeira, mas o homem já havia perfurado a jovem”, contou.
 
José já havia sido preso anteriormente por violência doméstica e estava solto respondendo em liberdade. Ele também já tem passagens por tentativa de homicídio e dano ao patrimônio público.
 
23/4/2015
Geledés Instituto da Mulher Negra

Marido é indiciado por feminicídio após matar dançarina de funk

n-DANCARINAFUNK-large570
 
Mais um caso absurdo de violência contra a mulher aconteceu nesta quinta-feira (16), em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. A dançarina de funk Amanda Bueno, 29, foi brutalmente assassinada pelo marido, Milton Severiano Vieira, 32, dentro de casa. Ele foi indiciado por feminicídio.
 
Por  Luciana Sarmento, no Brasil Post 
 
Imagens do sistema de segurança instalado por Vieira três dias antes do crime mostram o momento do assassinato. O casal começou discutir no fim da tarde, e o bate-boca vira agressão: ele a derruba no chão e bate com a cabeça de Amanda no chão. Em seguida, atira por várias vezes contra a cabeça da mulher com uma pistola. A dançarina já está morta quando Vieira troca de arma e faz mais cinco disparos com uma escopeta calibre 12.
 
O delegado Fábio Salvadoretti, da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), classificou as imagens como “cruéis a ponto de chocar até os policiais da especializada“. E nós não vamos mostrá-las aqui.
 
Depois de matar a mulher, Vieira roubou o carro de um vizinho, um policial militar. O criminoso chegou a disparar com a escopeta para intimidá-lo. Horas depois do crime, ele capotou com o veículo, um Volkswagen Gol, e ficou preso às ferragens.
 
Vieira foi preso com a pistola e a escopeta usadas no crime, além de outras duas pistolas e um revólver. Ele tinha porte de armas intramuros – só poderiam ser usadas dentro de casa.
 
Na delegacia, Vieira contou que a mulher havia descoberto que ele mantinha um caso extraconjugal. Ele já havia sido autuado outras duas vezes por violência doméstica. Amanda era de Goiânia, onde vivem sua mãe e filha.
 
 
Feminicídio
 
Vieira foi indiciado por feminicídio, assassinato cometido contra mulheres em razão de seu sexo ou em decorrência da violência doméstica. A lei tipificando o crime como hediondo foi sancionada em março pela presidente Dilma Rousseff (PT).
 
O Brasil ocupa o 7º lugar no ranking de assassinatos de mulher no mundo. De acordo com dados divulgados pelo Ministério Público de São Paulo em agosto do ano passado, mulheres entre 15 e 29 anos são as principais vítimas desse tipo de violência. Segundo a promotora Nathalie Kiste Malveiro, sete em cada 10 mulheres assassinadas são mortas por marido, ex-marido, namorado, companheiro ou ex. Mais de 40% dos assassinatos ocorrem como o de Amanda Bueno: dentro de casa.
 
(Com Estadão Conteúdo)
 Fonte: Geledés Instituto da Mulher Negra

Violência não é (n)amor(o)

violencia no namoro
 
Segundo um estudo realizado no âmbito de uma campanha contra a violência no namoro, aproximadamente 20% dos jovens inquiridos (1 em cada 5) confessaram já ter sido vítimas da mesma e cerca 25% (1 em cada 4) admitiram ter sido o agressor na relação.
 
por Luís Casinhas no Esquerda
 
A violência no namoro é definida pela APAV, Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, como “um ato de violência, pontual ou contínua, cometida por um dos parceiros (ou por ambos)”, na relação, “com o objetivo de controlar, dominar e ter mais poder do que a outra pessoa”. Este tipo de violência não escolhe género e não se dá apenas a nível físico mas também a nível psicológico, sendo que o segundo se torna, por vezes, muito mais agressivo.
 
Há que esclarecer que a violência não é amor, ao contrário do que uma parte da nossa juventude é levada a pensar, consciente ou inconscientemente. Forçar o outro a ter relações sexuais não é amor. O controlo, por mínimo que seja, dos hábitos, das conversas, das companhias e dos planos da(o) companheira(o) nunca será amor. O ciúme, a agressão verbal, a ameaça, a humilhação pública e a crítica negativa também não podem ser consideradas amor. Não obstante, é o amor que deve estar na base de uma relação.
 
Olhemos para os números com os quais nos devemos preocupar. Segundo um estudo realizado no âmbito de uma campanha contra a violência no namoro, aproximadamente 20% dos jovens inquiridos (1 em cada 5) confessaram já ter sido vítimas da mesma e cerca 25% (1 em cada 4) admitiram ter sido o agressor na relação.
 
Imaginemos agora as marcas com as quais quem passou ou passa por situações de violência violência no namoro fica. O medo, a insegurança, a falta de vontade, a redução da autoestima, o estado de espírito depressivo são algumas delas que, para além do facto de não serem ultrapassadas facilmente, influenciam as suas vidas, em aspetos como as relações que tenham com amigos e família, ou possam vir a ter com outra(o) namorada(o) ou o rendimento ao longo do percurso escolar/académico.
 
Devemos estar atentos aos sinais, procedendo à sua análise, quer façamos parte ou não da relação. Não os podemos negar, legitimar ou sequer considerá-los episódicos, de forma a romantizá-los, visto que ao fazê-lo banalizamos algo que acaba por ter um peso forte na sociedade em que vivemos. O velho ditado “Entre marido e mulher não se mete a colher” tem de deixar de ser levado a sério e se a situação em causa for vista por nós como estranha é necessário denunciá-la.
 
Para que os jovens de hoje e dos tempos vindouros tenham consciência daquilo que é ou não saudável num namoro e deixem de achar normal o que para eles é a normalidade, para que a juventude não continue a prática de atos agressivos e não se submeta aos mesmos no futuro, a luta é necessária, independentemente dos meios e recursos que existam.
 
Estudante de Gestão na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa
 
Fonte: Geledés Instituto da Mulher Negra
 
 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

PJ desmantela rede que explorava prostitutas coreanas em Macau

1.ProstitutasCoreia04
 
 
Rodrigo de Matos
 
Uma operação em larga escala da Polícia Judiciária (PJ), que contou com a colaboração das forças de segurança coreanas, levou à detenção anteontem de 39 pessoas envolvidas numa rede de prostituição que actuava em Macau. O grupo trazia mulheres da Coreia do Sul para trabalharem como prostitutas em alguns dos maiores casinos e hotéis do território.
 
“Foi uma operação coroada de êxito em que 50 dos nossos agentes atuaram de forma rápida e detiveram em flagrante 18 homens e 21 mulheres”, explicou Tam Weng Keong, chefe funcional da PJ, em conferência de imprensa ontem realizada na sede da Policia Judiciária. A operação envolveu 50 agentes da policia de investigação do território, que atuaram em simultâneo em vários pontos do NAPE e do Cotai, acrescentou o responsável da Polícia Judiciária.
 
Dos 18 homens detidos, com idades entre 23 e os 49 anos, 10 eram cidadãos sul-coreanos. Os restantes oito eram oriundos da República Popular da China. A Policia Judiciária deteve também 21 mulheres de nacionalidade sul-coreana, com idades compreendidas entre os 24 e os 37 anos. Os agentes das polícia de investigação do território apreenderam ainda 1,6 milhões de dólares de Hong Kong, uma grande quantidade de telemóveis e tablets, preservativos e utensílios de natureza sexual, além de nove furgonetas que eram usadas como montras ambulantes.
 
Prostitutas eram exibidas em carrinhas.
 
O esquema começava na Coreia do Sul, onde a rede captava mulheres que mostravam interesse em vir trabalhar para Macau como prostitutas. Uma vez na RAEM, eram transportadas em carrinhas, que levavam um máximo de seis mulheres a vários casinos e hotéis do território. À entrada dos estabelecimentos, membros do grupo aliciavam clientes, que iam até à carrinha escolher uma ou mais mulheres. As alegadas prostitutas prestavam serviços sexuais variados, pelos quais eram cobrados entre seis mil e 20 mil dólares de Hong Kong. Por cada serviço, independentemente do preço, a prostituta ficava com apenas dois mil dólares de Hong Kong. Desde Fevereiro, a rede terá feito um total de três milhões de dólares de Hong Kong.
 
A investigação lançada pela PJ teve origem num pedido de ajuda formulado pelas autoridades de Seul. Em Fevereiro a polícia sul-coreana alertou para as atividades da rede em Macau. As investigações da Judiciária levaram à operação desencadeada com sucesso no domingo. Os detidos vão responder criminalmente por lenocínio e organização criminosa.
 
 

Vaticano pede a criação de agência contra tráfico de pessoas

 
Agência ANSA
A plenária da Academia Pontifícia de Ciências Sociais do Vaticano apresentou uma proposta para a criação de uma agência mundial contra o tráfico de seres humanos. A ideia, segundo a presidente da instituição vaticana, Margaret Acher, é atingir uma das vontades do papa Francisco.   
 
"Temos que ser úteis, não acessórios, na luta contra o fenômeno do tráfico -como quer o Papa", disse Archer destacando que é preciso combater não só a oferta de pessoas escravas, mas também a demanda por esse "tipo" de mão de obra. 
 
Segundo a líder da Academia, é preciso controlar os empresários que usam o trabalho forçado e aqueles que utilizam a prostituição para ganhar dinheiro.    
 
Apresentando as novas formas de escravidão como "crimes contra a humanidade", a Academia Pontifícia quer incluir a eliminação ou, ao menos, a diminuição do tráfico de pessoas e as suas consequências (trabalho forçado, a prostituição, o tráfico de órgãos e a escravidão doméstica) nos objetivos do milênio para os próximos 15 anos. "Vamos conversar com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, no dia 28 de abril, quando ele estará no Vaticano", informou Archer. A conversa tratará, em especial, sobre os dois pontos-chave sobre o qual o grupo está trabalhando nesses dias: as formas de proteção às vítimas - que prevê a necessária distinção entre o imigrante ilegal e a pessoa escravizada - e os caminhos para reduzir a demanda desse tipo de comércio.    
 
O economista Stefano Zamagni, que atua na entidade vaticana, destaca que, como informam os últimos dados da ONU, 70% de todas as pessoas escravizadas são mulheres ou crianças e 72% dos traficantes de seres humanos são homens. Para ele, existe um "lugar comum" em todo esse âmbito: a subvalorização do processo econômico e o papel dos utilizadores do serviço. Zamagni acredita que o reconhecimento dessa realidade deve estar equiparado com os passos da luta contra a criminalidade, que nunca são suficientes. O especialista ainda falou sobre o fenômeno que a Itália enfrenta nos últimos anos com a chegada dos imigrantes ilegais.    
 
Ele defende que é preciso "confiscar os barcos, porque se nós tivéssemos feito isso nestes anos, essas embarcações da morte não existiriam mais". Zamagni se referia aos constantes acidentes com barcos que matam milhares de pessoas todos os anos na região do Mar Mediterrâneo - como os do último final de semana que podem ter matado mais de mil pessoas.    
 
Segundo o economista, é "inútil colocar os traficantes na prisão, que pouco depois saem. Esses criminosos não se preocupam com intervenções sobre a renda, mas sim sobre seu patrimônio".    
 
"Se alguém me oferece trabalho a três euros por hora, eu devo suspeitar. O papel da demanda é muito superior ao papel da oferta", ressaltou. Também o professor Pierpaolo Donati pediu para que não haja confusão entre os imigrantes ilegais com as pessoas escravas. O acadêmico propôs algumas medidas para reduzir o fenômeno do tráfico, entre os quais, deixar menos vantajoso o trabalho não protegido ou a prostituição, modificando as preferências dos consumidores e boicotando as empresas que utilizam o trabalho forçado. Neste sentido, poderiam ser colocados no mercado alguns tipos de etiqueta que atestem que não é utilizada a mão de obra escrava na fabricação do produto. 
 
Além disso, seria muito útil encorajar a população a ser uma maior doadora de seus órgãos para criar uma cultura de cooperação, não só entre indivíduos, mas também no nível internacional entre os países.
 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Dona de casa é presa por aliciar filhas para prostituição em Pirapozinho

Valor era dividido entre a mãe e as garotas; investigação continua. Anteriormente, crianças já eram exploradas por pai, segundo delegado.

Do G1 Presidente Prudente
 
A Polícia Civil de Pirapozinho prendeu uma dona de casa de 32 anos que aliciava filhas para a prostituição em Pirapozinho nesta quarta-feira (15). Segundo o delegado Luís Otávio Forti, a mulher arrumava "clientes" para as menores, porém o caso que levou sua prisão está relacionado à filha de 12 anos.

A suspeita tem cinco filhos entre 9 e 16 anos. Conforme o delegado, as investigações apontavam que ela "oferecia" as filhas em troca de dinheiro até para comprar comida. Tanto o Conselho Tutelar quanto o Ministério Público já tinham recebido denúncias contra ela.

Forti exemplificou que a menina fez um programa pelo valor de R$ 50 e o valor foi dividido entre elas: a criança ficou com R$ 30 e a mãe, com R$ 20. "Todos os homens sabiam da situação delas", explica.

O histórico de envolvimentos com o crime é maior na família, conforme o delegado. Anteriormente, as meninas eram "administradas" pelo pai, que estuprou duas delas. Ele foi preso e cometeu suicídio em uma penitenciária.

A Polícia Civil afirma que mesmo com o acompanhamento do Conselho Tutelar, as garotas negavam que havia abuso. Porém, neste último caso, foram reunidas provas de que havia a exploração em troca de dinheiro.

As investigações devem continuar para a identificação das pessoas que se relacionaram com as menores. A mulher presa será encaminhada para a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista.

(Com colabaração de Thaís Agante, da TV Fronteira)

Fonte: http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/noticia/2015/04/dona-de-casa-e-presa-por-aliciar-filhas-para-prostituicao-em-pirapozinho.html

Garotas quilombolas de 10 a 14 anos são vítimas de escravidão sexual em Cavalcante (GO)

meninas quilombolas

Meninas descendentes dos quilombolas no parquinho da escola: muitas delas vão morar em casas de família de classe média para poder estudar
 
 
Pelo menos oito inquéritos concluídos, só em 2015, pela Polícia Civil goiana denunciam o uso de meninas calungas como escravas sexuais. As vítimas, entre 10 e 14 anos, têm como algozes homens brancos e poderosos de Cavalcante.
 
 
Meninas descendentes de escravos nascidas em comunidades kalungas da Chapada dos Veadeiros protagonizam as mesmas histórias de horror e barbárie dos antepassados, levados à força para trabalhar nas fazendas da região nos séculos 18 e 19. Sem o ensino médio e sem qualquer possibilidade de emprego além do trabalho braçal em terras improdutivas nos povoados onde nasceram, elas são entregues pelos pais a moradores de Cavalcante. Na cidade de 10 mil habitantes, no nordeste de Goiás, a 310km de Brasília, a maioria trabalha como empregada doméstica em casa de família de classe média. Em troca, ganha apenas comida, um lugar para dormir e horário livre para frequentar as aulas na rede pública. Para piorar, fica exposta a todo tipo de violência. A mais grave, o estupro, geralmente cometido pelos patrões, homens brancos e com poder econômico e político.
 
As vítimas têm entre 10 e 14 anos. Os autores, de profissionais liberais a políticos, de 20 a 70. Por enquanto, eles continuam impunes. No entanto, a história começou a mudar em dezembro, quando a direção da Polícia Civil goiana decidiu trocar todo o efetivo da delegacia local. Mesmo sem estrutura e gente suficiente, os novos investigadores, vindos de outras cidades e assustados com tantos casos de estupro de vulnerável — em que a vítima tem menos de 14 anos — engavetados, decidiram dar prioridade a esse tipo de ocorrência. Desde então, concluíram oito inquéritos. O mais recente tem como indiciado o vice-presidente da Câmara Municipal, Jorge Cheim (PSD), 62 anos. Há duas semanas, um laudo comprovou o estupro da menina kalunga de 12 anos que morava na casa dele.
 
Sem respostas
O delegado Diogo Luiz Barreira pediu a prisão preventiva de Cheim, que, além de vereador por três mandatos, é ex-prefeito de Cavalcante e marido da atual vice-prefeita do município, Maria Celeste Cavalcante Alves (PSD). O pedido e o inquérito contra ele estão com a única promotora de Justiça de Cavalcante, Úrsula Catarina Fernandes Siqueira Pinto. Respondendo pela comarca do município há 18 anos, ela é casada com um primo de Cheim. A amigos e policiais da cidade, ela disse que deve se declarar suspeita na fase de ação judicial. A Corregedoria-Geral do Ministério Público de Goiás (MPGO) analisa reclamação autuada no mês passado contra o trabalho dela. Na denúncia, moradores reclamam de supostas lentidão e falta de resposta às denúncias de crimes cometidos na cidade.
 
A promotora, que atende ao público só às quintas-feiras, não foi encontrada para entrevista nem retornou os recados deixados pela reportagem do Correio, que esteve em Cavalcante terça e quarta-feira. Em depoimento, Cheim negou o crime. Alegou ter levado a vítima para morar na casa dele devido às dificuldades financeiras da família da menina, moradora de um povoado quilombola distante 100km da sede do município. Sobre a falta de autorização judicial para cuidar da criança, ressaltou que a promotora sabia de tudo. A equipe do Correio foi à casa do acusado, na terça-feira. Dois homens, um deles filho do vereador, receberam a reportagem na porta. Disseram que o vereador estava na fazenda dele, mas faria questão de dar entrevista. Garantiram que ele seria encontrado na sessão da Câmara, na noite de terça. Cheim faltou à reunião, não foi visto mais na cidade nem retornou às ligações do jornal.
 
16/4/2015
Fonte: Geledés Instituto da Mulher Negra

Movimento na internet pede notificação de reações a anticoncepcionais

a-administradora-de-empresa-simone-vasconcelos-fator-34-teve-embolia-pulmonar-apos-tomar-anticoncepcional-durante-tres-meses-ela-e-uma-das-criadoras-da-pagina-vitimas-de-anticoncepc
 
Por Mirthyani Bezerra, do UOL 
 
A administradora de empresas Simone Vasconcelos Fator, 34, afirma que uma das demandas do movimento é tornar obrigatória a notificação dos casos de trombose, embolia pulmonar e outras reações adversas graves relacionadas à pílula, por parte dos médicos à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O objetivo é fazer com que a agência tenha o real conhecimento do número de casos que ocorrem no país. “Tomamos conhecimento de muitos casos de reações adversas graves, mas eles não são notificados na Anvisa. As pessoas não sabem que elas próprias também podem notificar e que é importante notificar. A Anvisa solicita que os médicos façam a notificação, mas elas não são feitas”, disse Simone.
 
A Anvisa informou que de 2011 a 2014, identificou 83 notificações com medicamentos compostos por drospirenona/etinilestradiol, que é o anticoncepcional de maior risco para eventos tromboembólicos. Não há nestes dados informação de outros fatores de saúde específicos que podem ter contribuído para a reação notificada. A agência afirmou que não possui legislação ou arcabouço legal para obrigar os médicos a notificarem eventos adversos. “O mesmo ocorre com os cidadãos. No entanto, a Anvisa exige a notificação de hospitais e serviços de saúde. Nesses casos, a notificação é obrigatória”. A agência, no entanto, não divulgou quantas notificações foram feitas por unidades de saúde relativas a casos de reações adversas graves ao uso da pílula. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, os serviços no geral não costumam notificar as causas do evento, apenas o problema em si.
 
O movimento de mulheres promete sair da internet para integrar a pauta de discussões da Câmara dos Deputados, que deve sediar uma audiência pública para debater o tema, a ser marcada nesta semana.
 
A discussão foi solicitada pela deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), que foi procurada pelo próprio movimento de mulheres. “A bancada feminina do PSDB fez um requerimento para que seja realizada uma audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família. Queremos avaliar vários aspectos dessa questão, de como os médicos fazem essa prescrição, se há necessidade do pedido prévio de exames. Temos que lidar com esse tema de forma muito cautelosa. É importante esclarecer em audiência o que pode estar errado, mas também não podemos dizer para não tomar mais pílula”, afirmou a deputada.
 
As mulheres tentam ainda reunir um número de assinaturas suficientes para que a notificação passe a ser obrigatória, através de um pedido de criação de projeto de lei, na ferramenta e-Legislação, do Senado Federal.
 
Para o ginecologista, Augusto Bussad, o Brasil precisa de dados referentes aos efeitos dos anticoncepcionais em sua própria população. Segundo ele, os Estados Unidos e a Europa medem os casos de reações adversas graves e, com isso, podem planejar políticas públicas. “É preciso saber como a população brasileira reage a isso. Fazer a relação entre os hormônios mais usados e as mulheres que os utilizam. É um levantamento logo, mas que precisa ser feito”, diz.
 
Exames de trombofilia
O movimento pede também que os médicos solicitem exames para diagnosticar a predisposição genética a ter trombose, antes de prescreverem anticoncepcionais para as pacientes. “Como o médico vai saber se a mulher tem predisposição a ter trombose? A mulher pode ter trombofilia sem ter histórico familiar. Se o médico indica o anticoncepcional sem pedir o exame, ele nunca vai saber até que aconteça”, afirma Simone Vasconcelos Fator.
 
Porém, a presidente da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção da Febrasgo (Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia), Marta Franco Finotti, afirma que a prescrição de exames genéticos não tem respaldo da OMS (Organização Mundial de Saúde). “O órgão estabelece os Critérios de Elegibilidade Médica para Uso de Contraceptivos, que são atualizados de tempo em tempo, e ainda não há necessidade de uma reavaliação desses critérios para trombofilia”, afirma. (Com colaboração de Juliana Passos)
 
Fonte: http://www.geledes.org.br/movimento-na-internet-pede-notificacao-de-reacoes-a-anticoncepcionais/#axzz3XZ8uQNbc

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Mulheres atendidas pela Pastoral recebem orientações sobre a Previdência Social

 
 
No último dia 10 de abril, os funcionários da Previdência Social, Maria Auxiliadora Rosa de Souza e Edivaldo Santos Lemos estiveram na sede da Pastoral para esclarecer as mulheres sobre os benefícios da Previdência Social.
Após uma explanação sobre o papel da mulher e as conquistas alcançadas ao longo da história, os palestrantes falaram sobre os benefícios que tem direito todo/a cidadão/a que contribui mensalmente com a Previdência Social.
A previdência social é “o sistema que tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte de quem dependiam economicamente.” Isto quer dizer que a previdência é constituída por um sistema de benefícios (auxílio doença, aposentadoria, etc.), que são concedidos aos seus beneficiários e aos seus dependentes, de acordo com os casos de incapacidade ou redução funcional, temporária ou permanente.  Mas, para ter direito a esses benefícios é preciso contribuir com o sistema, é preciso ser um beneficiário da previdência.
Dentre os benefícios apresentados, chamou a atenção das mulheres o segurado facultativo de baixa renda, que é uma opção de contribuição ao INSS com a alíquota reduzida ao valor de 5%.  Todo cidadão que não exerça atividade remunerada, e se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, podendo ser homem ou mulher ou que não possua renda própria, que envolveria todo e qualquer rendimento (alugueis, pensões alimentícias, pensões previdenciárias etc.), que pertença a família de baixa renda, onde a soma da renda de todos os membros da família que vivem sob o mesmo teto, não seja superior a 2 (dois) salários mínimos e ainda esteja inscrito no sistema Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico, poderá pagar o INSS na condição de Facultativo de baixa renda.
Outro benefícios que despertou curiosidade e gerou questionamentos foi o contribuinte individual que é Microempreendedor Individual (MEI), pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. Para a Previdência Social são recolhidos 5% do salário mínimo ao INSS, que para 2015, com o reajuste no valor, será de R$ 39,40, mais R$ 1,00 de ICMS para atividades de indústria, comércio e transportes de cargas interestadual e/ou R$ 5,00 ISS em atividades de prestação de serviços e transportes municipais.
Muitas mulheres se interessaram pelo MEI, pois vendem almoços, fazem trufas e trabalham com salão de beleza em suas residências.
Para Elizabete Bonfim, “a palestra foi boa, pois esclareceu sobre direitos trabalhistas, que eu não conhecia”.
Todos os cidadãos a partir dos 16 anos podem contribuir com a Previdência Social para terem direitos aos benefícios e serviços oferecidos pelo INSS. Para mais informações os interessados devem ligar para o número 135 ou procurar a agência do INSS na sua cidade.
Fonte: Pastoral da Mulher de Juazeiro

terça-feira, 14 de abril de 2015

Seis razões para os homens amarem o feminismo

n-MAN-WOMAN-COLLAGE-large570














Se tem coisa que machuca fundo é homens fazendo campanha contra o feminismo. Esses ingratos! Depois de tudo que nós, feministas, fizemos por eles! Ué, não sabia? Sim, o feminismo é primordialmente um movimento de mulheres para mulheres mas vocês, homens, vêm comendo nas beiradas do banquete desde que nós começamos a queimar sutiãs. Aqui vão alguns lembretes de todas as razões que fazem os homens inteligentes celebrarem o feminismo.
 
Por , do Brasil Post 
 
1) Vocês trabalham menos e desfrutam de mais renda
Esse benefício derivou de duas grandes lutas feministas: o direito ao controle de natalidade e o direito ao mercado de trabalho. Se não fossem as corajosas mulheres que batalharam por isso, às vezes à custa da própria vida, vocês ainda estariam trabalhando duro, sozinhos, para sustentar famílias de cinco a 20 filhos. Com a popularização dos anticoncepcionais (que eram proibidos por lei em muitos países, vale dizer), homens e mulheres puderem ter famílias mais adequadas às suas condições financeiras. E famílias em que as mulheres também têm carreira tendem a ter rendas melhores e uma vida mais estável, já que não caem na miséria quando um dos dois perde o emprego.
 
2) O sexo… ah, o sexo!
A não ser que algum de vocês curta transar com semi-cadáveres de camisolão branco, vocês deveriam erguer as mãos aos céus e agradecer pelas feministas. Antes da luta pelas liberdades sexuais femininas, mulheres não eram autorizadas a tirar a roupa, gemer, gozar, engajar-se no ato sexual ou fazer sexo oral ou anal. Ficavam lá paradinhas esperando o sêmen para gerar, quem dera, mais um varãozinho pra família. De nada, amados homens! Graças a nós, vocês trocaram a esposa frígida e frustrada por mulheres boas de cama.
 
3) As deliciosas conversas de todas as noites e dias
Pense que, há algumas décadas, os homens chegavam em casa e tinham que aguentar ladainhas sobre bordados e cortinas. As mulheres eram aprisionadas a uma vida de tédio e serviços domésticos, sem nenhum estímulo intelectual, e os homens tinham seu gostinho disso em cada refeição familiar. Hoje, porém, podem desfrutar da companhia de parceiras, colegas de trabalho e amigas que exploram e interpretam o mundo como eles. Mulheres inteligentes, estudadas, que podem levar a parceria ou o amor de vocês a um nível muito mais profundo de comunhão de espíritos. Tem coisa mais valiosa?
 
4) Vocês foram criados por mães mais instruídas
Pode apostar: sem o feminismo, alguns de vocês nem teriam sobrevivido à infância. Antes que mulheres começassem a frequentar escolas em massa, crianças morriam de diarréia simplesmente porque as mães não sabiam preparar soro caseiro. Com mães que aprendem noções de saúde e biologia nas escolas, os bebês são mais bem cuidados e saudáveis. Sem contar que nossas mães puderam ler histórias pra gente à beira da cama e nos explicar o novo mundo de maneira muito mais palatável.
 
5) A licença paternidade
Todos os países que desfrutam de generosas licenças paternidade devem isso ao feminismo. Assim, homens na Suécia, por exemplo, podem folgar por até um ano para participar da criação dos filhos. As feministas se dedicam a essa causa porque entendem que a criação dos filhos não deve ser uma obrigação unicamente da mulher, mas uma missão compartilhada. Com pais participativos, elas não precisam abandonar as carreiras nos primeiros anos de vida das crianças e os pais podem usufruir dos primeiros passos dos barrigudinhos. Imagine se vocês deixassem as feministas terem mais poder aqui no Brasil, heim?
 
6) Vocês recebem transfusões de sangue, tratamentos de diabete e de infecções virais
Se o feminismo não tivesse aberto as portas para que mulheres como Gertrude B. Elion, por exemplo, trabalhassem nas ciências, hoje vocês não poderiam usufruir de alguns tratamentos de leucemia, doenças autoimunes, malária, aceitação de órgãos transplantados, entre outros. Ou imagine se Rosalyn Yalow não tivesse descoberto a técnica Radioimunoensaio (RIE), que possibilitou a realização em massa de exames de screening de doenças para deixar mais segura a doação de sangue. Ou se Clarice Lispector nunca tivesse sido alfabetizada. Ou Jane Austen. Ou Françoise Barré-Sinoussi, descobridora do vírus do HIV, nunca tivesse ido à escola…
 
 
13/4/2015
Fonte: Geledés Instituto da Mulher Negra

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Ação policial fecha casa de prostituição em Arapiraca/AL

Policiais Militares de Arapiraca deflagraram mais uma ação na noite deste sábado (11), na zona rural.
 
Desta vez, uma mulher foi presa suspeita de aliciar menores para a prática sexual.
 
De acordo com as informações policiais, após denúncias anônimas, uma guarnição da polícia fez uma abordagem em um estabelecimento no Sítio Alazão, onde ficou constatado que a proprietária explorava sexualmente menores de idade na localidade.
 
Geane Luiz dos Santos, de 27 anos, foi detida e encaminhada para a Central de Polícia, onde foi autuada. O local foi fechado.
  
Fonte: http://aquiacontece.com.br/noticia/2015/04/12/acao-policial-fecha-casa-de-prostituicao-em-Arapiraca
 
 

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Prostitutas de Amsterdã protestam contra fechamento de vitrines

Cerca de 115 das 500 vitrines do bairro da luz vermelha já foram fechadas.
'Queremos ser levadas a sério pelos políticos', diz porta-voz das prostitutas.
 
 
A proposta da prefeitura de Amsterdã de reformar e fechar algumas vitrines do célebre Red Light District, o bairro da luz vermelha, provocou a revolta de prostitutas e simpatizantes, que saíram às ruas nesta quinta-feira (9) em repúdio à intenção da administração municipal.
 
"Cerca de 250 pessoas participaram de uma manifestação no distrito da luz vermelha para protestar contra o fechamento das vitrines", informou à agência France Presse um porta-voz da polícia da capital holandesa, Marjolein Koek.

Prostitutas fazem protesto contra fechamento de vitrines em Amsterdã. na Holanda (Foto: Robin Van Lonkhuijsen/ANP/AFP)Prostitutas fazem protesto contra fechamento de vitrines em Amsterdã. na Holanda (Foto: Robin Van Lonkhuijsen/ANP/AFP)
 
As prostitutas usavam máscaras para evitar serem reconhecidas e levavam cartazes onde se lia "não nos salvem, salvem nossas vitrines" ou "parem de fechar nossas vitrines".
 
A cidade de Amsterdã quer fechar parte dos famosos bordéis do Red Light District para lutar contra a criminalidade e o tráfico de seres humanos, de acordo com a imprensa holandesa.
Cerca de 115 das 500 vitrines do bairro já foram fechadas.
 
As prostitutas estimam que os projetos da cidade as privam de um local de trabalho seguro.

Mascaradas, prostitutas de Amsterdã protestam contra fechamento de vitrines de bordéis (Foto: AP Photo/Peter Dejong)Mascaradas, prostitutas de Amsterdã protestam contra fechamento de vitrines de bordéis (Foto: AP Photo/Peter Dejong)
 
"O sexo é uma profissão legal na Holanda e nós precisamos de apoio, queremos ser levadas a sério pelos políticos", reclamou uma porta-voz das prostitutas, que se manteve em anonimato, citada pela agência de notícias ANP.
 
"Nós ainda somos tratadas como párias e estamos sendo colocadas pra fora do bairro sem que ninguém pedisse nossa opinião", acrescentou.
 
Durante o evento, muitas vitrines famosas permaneceram vazias. Um cartaz colado a uma janela acusava o prefeito: "Você está roubando nossos empregos".
 
Cerca de 7.000 pessoas trabalham no ramo do sexo tarifado em Amsterdã, e 75% delas vêm de países de baixa renda, especialmente do leste europeu, segundo a prefeitura da cidade.
 
A prostituição foi legalizada na Holanda no ano 2000.

Mascaradas, prostitutas de Amsterdã protestam contra fechamento de vitrines de bordéis (Foto: AP Photo/Peter Dejong)

Cerca de 250 pessoas protestam contra fechamento de vitrines de bordéis de Amsterdã (Foto: AP Photo/Peter Dejong)