quinta-feira, 25 de setembro de 2014

23 de Setembro: dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças



Enfrentar o Tráfico de Pessoas é nosso Compromisso, com este lema a Rede um Grito pela Vida assume a luta contra o tráfico de pessoas, atuando com determinação e persistência na prevenção, na atenção as vítimas e na  incidência politica.

  Neste dia 23 de setembro, dia Internacional contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças, a Rede Um grito Pela Vida, faz ecoar o seu grito pelo respeito á vida, á liberdade e á justiça.  Realiza, através de seus núcleos, em parceria com organizações afins, nos diferentes Estados e Municípios do País, uma série de atividades formativas e de mobilização social (cursos, encontros, seminários, atos públicos, marchas, coletivas de imprensas...), visando coibir a inserção de novas pessoas neste mercado do crime. Alertando a sociedade sobre a gravidade desta realidade, que configura uma das abomináveis  violações de direitos humanos,  e reflete as profundas contradições históricas e sociais da sociedade neoliberal, na qual o culto ao dinheiro, ao prazer e  o poder está acima das pessoas. 
 
            O dia 23 de setembro é marcado Internacionalmente pelo Enfrentamento da Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças. A origem desta lembra historicamente a promulgação, na Argentina, no dia 23 de setembro de 1913, da “Lei Palácios”. A primeira lei que punia quem promovesse ou facilitasse a prostituição, a exploração e tráfico de mulheres e crianças. Esta lei inspirou muitos outros países a legislar com o intuito de garantir  direitos e proteger as crianças e mulheres contra esta prática  de exploração comercial. Essa prática da Argentina foi sendo valorizada e incluída na pauta de luta das organizações, e no dia 23 de setembro de 1999, na Conferência Mundial da Coligação Contra o Tráfico de Mulheres, que aconteceu em Dhâka, Bangladesh. A data foi instituída, como dia Internacional contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças.
 
            Nas últimas décadas, tem-se dado passos significativos no que tange as legislações dos países, no intuito coibir o ingresso e/ou defender e proteger as mulheres e crianças traficadas para exploração sexual, mas, infelizmente a inoperância na execução das leis e a impunidade continuam e os números atestam a cada ano,  significativo aumento  dos casos de exploração e tráfico de mulheres, crianças e adolescentes  para fins de exploração sexual.  
 
            Segundo os dados da Organização das Nações Unidas (ONU) o número de pessoas traficadas no planeta para este fim, atinge a casa dos quatro milhões anuais. E o Brasil é um dos países campeões no mundo em relação ao fornecimento de pessoas, particularmente mulheres para o tráfico internacional. Estima-se que 700 mil mulheres e crianças passam todos os anos pelas fronteiras internacionais do tráfico humano.  E o Brasil é o país é responsável por 15% das pessoas exportadas da América Latina para a Europa[1].
 
              Durante a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, houve aumento de 30% nos casos de exploração sexual de crianças e adolescentes e o número de mulheres para a prostituição no país aumentou em 40 mil. No Brasil, embora esta realidade seja bastante subnotificada, dados divulgados pela Secretaria de Direitos Humanos, meses antes da realização da copa do mundo, revelaram que o Disque 100, no período de 2003 – 2011 registraram 275.638 denúncias de violações de direitos humanos de crianças e adolescentes; do total, 27.664 referem-se a casos de exploração sexual de meninas e meninos, em  média de 294 denúncias por mês. Informações da Agencia Brasil registram um “aumento significativo” no número de casos de exploração sexual de crianças no Brasil.  Eles destacam que as denúncias de crimes dessa natureza aumentaram 41% em relação ao mesmo período do ano passado durante o período da Copa do Mundo. O número saltou de 524, de 12 de junho a 13 de julho do ano passado, para 740 no mesmo período deste ano.
 
             Essas informações demonstram as que as muitas Campanhas de Prevenção realizadas durante a copa do mundo, dentre elas a campanha Jogue a Favor da Vida: Denuncie o Tráfico de Pessoas, organizada pela Rede Um grito pela Vida, contribuíram para o aumento das denuncias e estas por sua vez demonstraram que houve crescimento nos casos de exploração sexual e possivelmente tráfico de mulheres e crianças durante a Copa do mundo no Brasil especialmente nos estados de maiores atrações turísticas e fluxos populacional. 
 
              Segundo a Associação Barraca da Amizade, instituição que desenvolve programas de enfrentamento à exploração sexual de crianças, adolescentes e jovens, através do Projeto Reviver. Constatou-se, a exploração sexual de crianças e adolescentes que foi uma realidade constante nas ruas e principais corredores turísticos de Fortaleza, sobretudo no entorno da Arena do Castelão e da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e nas proximidades da rampa de lixo do bairro Jangurussu. Em três anos, o crescimento foi de 163%. Esse percentual distribui-se assim: Adolescentes e jovens representam 59% dos 142 casos identificados em 2013. Contudo, aponta o levantamento, esse número pode ser ainda maior, já que 36% das pessoas abordadas não informaram a idade exata, seja por medo de repressão ou desconfiança com as equipes do projeto. No que diz respeito ao gênero, 55% são mulheres, sendo 35% meninas com idade entre 15 e 17 anos e 65% na faixa etária de 18 a 26 anos. Já os 45% do sexo masculino possuem entre 14 e 26 anos, dos quais 42% são travestis.[2]
 
                  Conscientes desta realidade, a Rede um Grito pela Vida, segue sua missão no enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. E neste, 23 de setembro reafirma sua determinação de continuar realizando ações cada vez mais incisivas e contundentes para dar visibilidade e coibir esta pratica criminosa do tráfico de pessoas, especialmente de mulheres e crianças. Reassume o compromisso de lutar pela superação das causas geradoras desta iníqua realidade que ofende e violenta a vida e de inúmeras  mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade: a pobreza, a falta de oportunidades de trabalho, a discriminação de gênero, a violência doméstica, a instabilidade política e econômica de países, a migração forçada, a pornografia midiatizada,  a falta de uma legislação adequada e efetiva.
 
                Queremos, neste dia de luta, celebrar nosso compromisso reconhecer  as conquistas já alcançadas, alertar a sociedade civil, e chamar poder público ao compromisso, a sair da inalterabilidade, a priorizar e executar as políticas públicas de Enfrentamento ao Tráfico Humano, a ir além dos documentos e a não ficarem só como um “dever cumprido” antes da virada eleitoral. 
 
                Nesse sentido vale ressaltar as palavras proféticas do Papa Francisco, que convoca a todos/as nós Igreja, Vida Religiosa Consagrada, Sociedade civil e poder publico a superação da cultura de indiferença e da inercia:
Não é possível ficar impassível, sabendo que existem seres humanos tratados como mercadoria! Pense-se em adoções de criança para  remoção de órgãos, em mulheres enganadas e obrigadas a prostituir-se, em trabalhadores explorados, sem direitos nem voz, etc.” [3] 
 
               Papa Francisco também instiga a comunidade cristã e a sociedade em geral a se comprometer no enfrentamento desta desafiadora realidade, que gera uma brutal desumanização e ruptura das relações de FRATERNIDADE:
Quem dera que se ouvisse o grito de Deus perguntando a todos (as) nós: Onde está teu irmão, tua irmã?[4] Onde está teu irmão/a escravo/a? Onde está teu irmão, tua irmã que estás matando a cada dia na pequena fábrica clandestina, nas redes de prostituição, nas crianças usadas para a mendicidade, naquele/a que tem que trabalhar as escondidas porque não foi regularizado/a?”[5]
 
               Ele faz ainda,  uma forte provocação,  um chamado à conversão a fim de darmos uma basta  a cumplicidade com este “abutre social” ,  o nome que se poderia dar hoje a este crime, já que está minando a vida de milhares de pessoas [6]·. Não façamos de conta que não é conosco... Há muita cumplicidade... Onde está teu irmão/a? A pergunta é para todos/as! Nas nossas cidades está instalado este crime mafioso e aberrante e muitos/as tem as mãos cheias de sangue por causa de uma muda e cômoda cumplicidade.[7]
 
               Queridas irmãs e irmãos, integrantes da Rede Um Grito pela Vida, parceiros/as na caminhada, sigamos firmes na luta, façamos deste 23 de setembro um dia intenso de manifestação da nossa fé comprometida com a vida e a dignidade humana e a cidadania.              Façamos ecoar nas casas, nas escolas, nos centros comunitários, nas praças e nas ruas  nosso Grito Pela Vida com nossas mãos entrelaçadas na Rede da solidariedade e da profecia que nos lança cotidianamente no enfrentamento ao tráfico de pessoas. 

Ir. Manuela Rodríguez Piñeres (OSR) e Ir.  Eurides Alves de Oliveira
Pela equipe de Coordenação.
Rede um Grito pela Vida
gritopelavida.blogspot.com
gritopelavida@gmail.com

[1] Cfr. Artigo de Eurides Alves de Oliveira(ICM) e Manuela Rodríguez Piñeres(OSR), 2013
[3] Mensagem do Papa Francisco para abertura da CF 2014.
[4] Gén 4, 9
[5] PAPA FRANCISCO, Evangelho da Alegria, N° 211 pág. 125.
[6] NOGUERO, Neive(2013) A doença me curou, pág. 44, Ed Elisie, São Paulo, Brasil
[7] PAPA FRANCISCO, Evangelho da Alegria, N° 211, pág. 125,
Nota: Alguns fragmentos deste texto foram extraídos da matéria da mesma autora, publicada no site das Irmãs Oblatas para o Informativo da Rede de Pastoral Oblata- Ações da rede - Edição N° 10, Ano 4- Setembro/2014I.nformativo da Rede

 

Unidade Oblata de Juazeiro realiza semana de palestras sobre tráfico de pessoas nas escolas de Juazeiro.

Em reflexão ao Dia Internacional contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças, a Unidade Oblata em Juazeiro iniciou um ciclo de palestras em três escolas públicas do município. A primeira foi realizada no dia 24 de setembro pelas agentes Joice Oliveira e Ana Paula Santos no Colégio Pedro Raimundo Rego.

Os alunos que participaram do momento formativo faziam parte do EJA, contemplando jovens e adultos, homens e mulheres. Percebeu se que alguns já sabiam do que se tratava sobre a questão do tráfico de pessoas mas a maioria ainda é desconhecedora sobre o assunto. 

As agentes, além de bater um papo bem descontraído para melhor assimilação do tema, distribuíram materiais informativos que abordavam o conceito de tráfico e suas características e ainda o Jornal da Rede Oblata, com as informações sobre as ações de combate e de divulgação do trabalho.

Outras palestras serão nos dias previstos com as seguintes agentes responsáveis:

  • 25/09 - Colégio Agostinho Muniz - Railane e Adjany
  • 30/09 - Colégio Estadual Luis Eduardo Magalhães - Fernanda e Sabrina     

Mulheres se mobilizam contra crimes brutais em município paraibano



Adital

Nesta quinta-feira, 25 de setembro, será julgado o mentor do estupro coletivo ocorrido na cidade de Queimadas, Estado da Paraíba, Eduardo dos Santos Pereira. Há dois anos e sete meses, os paraibanos e paraibanas se viram diante de um crime de extrema violência contra as mulheres do agreste do Estado. O crime aconteceu no dia 12 de fevereiro de 2012. Em pleno carnaval, cinco mulheres foram atraídas para um aniversário, que se transformou numa cena de crime bárbaro, com o estupro e assassinato de duas mulheres, Isabela Pajuçara, de 27 anos, e Michelle Domingos, 29. O crime teria sido minuciosamente planejado por 10 homens, entre eles três menores de idade.

Eduardo dos Santos Pereira, mentor dos crimes, vai a júri popular

O crime teria sido "oferecido” por Eduardo dos Santos Pereira, ex-cunhado de uma das mulheres assassinadas, a seu irmão Luciano dos Santos Pereira, e planejado com pelo menos uma semana de antecedência, havendo o conhecimento de todos os envolvidos. Como num típico enredo de filme de terror, foram compradas cordas, fitas adesivas, máscaras, entre outros acessórios, para a tortura e destruição física das mulheres.
Diante da realização do julgamento, organizações feministas e de mulheres, além de familiares das vítimas, se mobilizam para exigirem justiça pelo crime hediondo, que refletiria o machismo e a misoginia que ainda resistem na sociedade brasileira. Além da manifestação no Fórum Criminal de João Pessoa, capital do Estado, as mulheres e familiares pedem que todas e todos utilizem as redes sociais dizendo #somostodasetodosmulheresdequeimadas.
"Pedir Justiça parece ser insuficiente perto da dimensão de desumanidade e dos detalhes frios, cruéis e selvagens que envolveram este dia de violência”, declara Lourdes Meira, militante da União Brasileira de Mulheres.
Muita pressão foi realizada pelos movimentos pedindo justiça. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher do Congresso Nacional visitou a Paraíba e diagnosticou a situação de vulnerabilidade das mulheres em Queimadas e seu entorno. "Como podem tratar mulheres como objetos dessa maneira?”, diz, indignada, Ana Laura Vilela, militante da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) da Paraíba.
"Pelo machismo, pela injustiça cometida, pela maldade, pela covardia, por cada parte de seus corpos que foram destruídos até a última gota de sangue derramada, eu clamo por justiça!”, desabafa Isânia Monteiro, irmã de Isabela Pajuçara, uma das mulheres assassinadas.
Movimentos de mulheres e familiares se mobilizam para exigir punição dos envolvidos

No dia 13 de junho deste ano, foi informado que o júri popular do mentor do crime e do assassinato das duas vítimas, Eduardo dos Santos Pereira, foi transferido para a comarca de João Pessoa. Esta era uma das principais reivindicações dos movimentos de mulheres que acompanham o caso, por compreenderem que isso evitaria interferência nos rumos do julgamento por causa das relações familiares, políticas e socioeconômicas que os acusados mantêm na região. Eduardo está sendo acusado de duplo homicídio qualificado, estupro, porte ilegal de arma, corrupção de menores, formação de quadrilha e cárcere privado.
Desde que a Marcha Mundial das Mulheres começou atuar no caso – há dois anos e meio – verificam-se relatos constantes da cultura de violência combinada com silêncio e medo em Queimadas. "Apesar da pouca atenção da imprensa, os movimentos feministas e de mulheres têm sido fundamentais para dar visibilidade ao caso, pressionar e demonstrar a indignação diante da violência contra as mulheres, fato reconhecido pelas famílias das vítimas”, afirma a MMM/PB.
Ainda em 2012, seis dos autores do crime foram condenados por estupro, cárcere privado e formação de quadrilha, a uma pena que somada corresponde a 186 anos de prisão. O último réu a ser julgado é Eduardo, acusado de ter sido o idealizador do crime e executor das vítimas assassinadas.
Quanto aos demais envolvidos, em sentença dada no dia 23 de outubro de 2012, pela juíza Flávia Baptista Rocha, da Comarca de Queimadas, os seis sentenciados foram condenados. Luciano dos Santos Pereira a 44 anos de prisão; Luan Barbosa Casimiro, a 27 anos; Fernando França Silva Junior, a 30 anos; Jacó Sousa, a 30 anos; José Jardel Souza Araújo, a 27 anos; e Diego Domingos, a 26 anos e seis meses. Todos estão cumprindo pena em regime fechado no presídio de Segurança Máxima PB1. A diferenciação nas penas deve-se ao fato de que as condutas criminosas de cada um dos autores foram consideradas separadamente. No caso dos menores, a medida socioeducativa em regime de internação pode durar até três anos e está sendo cumprida no Lar do Garoto, em Lagoa Seca, condição que pode ser reavaliada dependendo do comportamento deles.

Caso Ana Alice

O assassinato da estudante Ana Alice Valentim ainda aguarda julgamento

Ainda durante o desenrolar do caso de Queimadas, aconteceu o assassinato de Ana Alice de Macedo Valentim – adolescente de 16 anos, estuprada e assassinada em 19 de setembro de 2012 por Leônio Barbosa de Arruda. Segundo informações dos moradores da cidade, é comum as mulheres serem estupradas, mortas ou acordarem de madrugada na rua, sem saberem como foram parar lá. Portanto, o que, em princípio, seria um crime localizado, parece ter trazido à tona a conjuntura vivida pelas mulheres da região. "A família das vítimas, até hoje, é tratada como culpada; é, frequentemente, agredida nas ruas e pelas redes sociais por parte da população queimadense, que inverte o papel das vítimas pelas dos agressores”, denuncia Íria Machado, da Marcha Mundial das Mulheres da Paraíba.
Ana Alice era militante do Polo da Borborema e, no dia 19 de setembro de 2012, quando voltava da escola, foi sequestrada e barbaramente violentada. Seu corpo foi enterrado na Zona Rural do município de Caturité, só encontrado 50 dias depois. Desde o desaparecimento da jovem, foi formado o Comitê de Solidariedade e pelo Fim da Violência Contra a Mulher Ana Alice, composto por mais de 30 organizações rurais e urbanas. Foi por meio da pressão e da mobilização criada em torno do Comitê, que o caso pôde ser investigado e solucionado, com a prisão dos envolvidos.
Uma nova mobilização para exigir justiça pelo crime será realizada no próximo dia 07 de novembro, data do sepultamento de Ana Alice. A manifestação lembrará todas as mulheres vítimas de violência no Estado.
Segundo Claudionor Vital, um dos advogados da família de Ana Alice, que acompanha o caso, o processo criminal está aguardando a sentença de pronúncia por parte do juiz Antonio Gonçalves Ribeiro Junior, da 1ª Vara Mista de Queimadas, a quem cabe a condução dos processos para apuração dos crimes de competência do Tribunal do Júri. "Pelas provas existentes, estamos confiantes de que o réu seja pronunciado e submetido ao Júri Popular”, afirma o advogado.
Entre os familiares, a expectativa é de que o réu receba uma punição exemplar: "Esperamos que ele receba a pena máxima, até porque a gente precisa disso para se sentir segura e também para servir de exemplo para outros marginais. Infelizmente, o que aconteceu com Ana Alice já aconteceu, mas a gente pode evitar que aconteça com outras mulheres”, desabafa Angineide Macedo, mãe de Ana Alice.
O caso
Ana Alice foi sequestrada quando voltava para casa depois da aula. Foi estuprada e violentamente assassinada pelo vaqueiro Leônio Barbosa de Arruda, à época com 21 anos. Seu corpo foi enterrado próximo à residência do assassino, na fazenda onde ele trabalhava, zona rural de Caturité. A adolescente permaneceu desaparecida até que, nas imediações de sua comunidade, uma nova mulher foi raptada e violentada, sendo encontrada apenas no dia seguinte com marcas de esganadura, escoriações e amputação parcial da orelha direita. Ainda muito traumatizada, ela foi capaz de reconhecer o criminoso (e vizinho) e o denunciou à polícia com a ajuda do Comitê de Solidariedade Ana Alice. O assassino foi preso e confessou o crime contra a vizinha e contra Ana Alice. Confessou, inclusive, que, no crime contra Ana Alice, não agiu sozinho, teve a ajuda de um cúmplice, à época, menor de idade.
Ana Alice e a outra mulher não foram as únicas vítimas. No início de 2012, ao sair de um baile de carnaval, ele violentou uma jovem de Boqueirão. De posse de uma arma, obrigou que ela entrasse em seu carro e a estuprou. Um mês depois, após prestar depoimento do primeiro caso na delegacia desse município, tentou fazer nova vítima também em Boqueirão, agora uma adolescente de 14 anos, que teve sorte diferente, quando um amigo a libertou da tentativa de estupro.


terça-feira, 23 de setembro de 2014

Educadoras da Unidade Oblata de Juazeiro participam de evento promovido pelo Ministério Público.


Ana Paula, Ellen Sabrina, Joice Oliveira e Iana Joane, trabalhadoras sociais da Pastoral da Mulher, unidade Oblata em Juazeiro/BA participaram de 11 a 13 de Setembro, no Hotel Rapport, da Oficina sobre a lei Maria da Penha, o sistema de justiça e a rede de atenção e enfrentamento à violência.

O evento foi promovido pelo  Ministério Público do Estado da Bahia, por intermédio do Grupo de Atuação em Defesa das Mulheres – GEDEM, o mesmo tem como objetivo sensibilizar as pessoas e entidades governamentais e da sociedade civil no compromisso e atitude com a Lei Maria da Penha.

A Lei 11.340, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha, cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.

As oficinas acontecem em cidades onde existem Delegacia da Mulher. Além de Juazeiro, as oficinas já aconteceram em Teixeira de Freitas, Candeias, Salvador, Vitória da Conquista, Porto Seguro, Alagoinhas, Camaçari e outras.


Assim mais uma vez a Pastoral da Mulher se faz presente, por acreditar na mulher, na igualdade de gênero, no combate a violência, como também no trabalho em rede.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Renomada jornalista admite que também é prostituta

 

 

Amanda Goff tinha uma sólida reputação como jornalista de Sydney, na Austrália, com quase 20 anos de experiência. Porém, ela levava uma vida dupla. De dia, trabalhava em publicações sobre temas femininos como beleza e saúde; de noite, era a prostituta de luxo Samantha X.

 

De acordo com o site Internacional Business Times, a mulher de 40 anos e mãe de dois filhos recentemente apareceu no programa Sunday Night para contar sua experiência e promover seu livro “Hooked — Secrets of a High-Class Escort” (“Fisgada — Segredos de uma prostituta de luxo”, em tradução livre).

 

Amanda Goff já havia ocupado altos cargos em revistas populares da Austrália, além de ter trabalhado como apresentadora em programas de TV. Ela entrou em contato com a indústria do sexo em 2012, após visitar um bordel de luxo durante seu horário de almoço. Dois dias depois, havia se tornado Samantha X.

 

Segundo o site espanhol El Mundo, a ex-jornalista contou que depois de um divórcio e várias experiências “desagradáveis”, decidiu passar a cobrar por algo que já fazia de graça.

 

No início, cobrava cerca de R$ 950 pelo ato sexual. Como prostituta de luxo, passou a cobrar R$ 1700 por hora ou R$ 10.600 por noite.

 

Ela divide a vida entre o trabalho de profissional do sexo e o de mãe — passa uma semana com os filhos e outra como prostituta em um apartamento de luxo, quando os pequenos ficam com o pai.

 

As revelações chocaram seu ex-marido e seus pais. Mas ela se defende: “Não infringi nenhuma lei, não estou causando dano a ninguém. Acredito ter causado muito mais mal quando trabalhava em jornais sensacionalistas de Londres”.

 

Amanda Goff acredita estar em um emprego que empodera mulheres. “Nós nos encontramos, nós conversamos, nós transamos, eu vou embora”. Como consequência, ela diz ter se tornado uma mulher mais confiante e poderosa.

 

Ao contrário do que muitos acreditam, Amanda diz que seu trabalho não é só sexo: “muitos homens vêm se encontrar comigo e, após baixarem a guarda, choram. Eles me pagam por meu tempo. O que eles fazem com este tempo são eles que decidem. Eu tenho champanhe e cerveja, mas muitas vezes eles só querem uma xícara de chá”.

 

Quando perguntada se seus filhos sabem qual é a sua profissão, Amanda disse ter lhes contado que é jornalista e que “faz com que pessoas tristes se sintam felizes”.

 

Ainda que tenha sido muito criticada ao expor sua verdadeira identidade ao público, o que poderia afetar seus filhos, ela pondera que crianças cujos pais não estão na indústria do sexo também sofrem preconceito.

 

Fonte: www.paraisoweb.com.br

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Voto do eleitorado feminino e negro será determinante nas eleições 2014

Pela primeira vez na história das eleições diretas para a Presidência do Brasil, as eleitoras superam os votantes homens em 6 milhões de pessoas em todo o país. Além disso, a população negra e parda é maioria no eleitorado brasileiro de maneira inédita na escolha do mandatário do país. As informações são destaque na análise intitulada "Gênero e raça nas eleições presidenciais de 2014: a força do voto de mulheres e negros”, publicada pelo Instituto Patrícia Galvão, que trabalha pela qualificação da cobertura jornalística sobre questões críticas que envolvam os direitos das mulheres brasileiras.
 
O estudo é uma leitura de dados levantados pelos institutos de pesquisa Ibope e Datafolha. De acordo com a análise, o eleitorado feminino é maior desde o ano 2000, mas o peso neste ano é inédito, somando 74,4 milhões de votantes mulheres diante de 68,2 milhões de votantes masculinos.
Desde 1989, quando a população brasileira passou a eleger seu presidente por voto direto, depois de duas décadas de ditadura civil e militar, negros ou pardos representam 55% do eleitorado brasileiro, declarando-se brancos outros 44% da população e amarelos o restante 1% dos entrevistados pelas pesquisas.
 
No que se refere à intenção de votos espontâneo por sexo e raça, 32% declararam ainda não saber em quem deverão votar nas eleições marcadas para serem realizadas no próximo dia 05 de outubro, em todo o país. Entre as mulheres, mantêm empate técnico as candidatas Dilma Rousseff (Partido dos Trabalhadores - PT), atual Presidenta da República, que tenta reeleição, e Marina Silva (Partido Socialista Brasileiro - PSB), ex-ministra do Meio Ambiente que entrou na corrida presidencial após a morte do então candidato Eduardo Campos.
Nas intenções de voto espontâneo, Dilma marca 27% enquanto Marina figura entre os 25% entre as votantes. Um total de 10% das eleitoras aponta Aécio Neves (Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB) como seu candidato, enquanto outros 10% declararam votar em branco e 28% não sabem ou não responderam. Já no voto estimulado, as duas mulheres candidatas aparecem com 35% das intenções de votos das brasileiras, enquanto Aécio figura com 14%. Campos, morto no último dia 13 de agosto em um acidente de avião, permanece aparecendo nas intenções de voto de 8% do eleitorado feminino.
 
Entre o eleitorado autodeclarado negro ou pardo, Dilma amplia liderança no voto espontâneo, com 35% das intenções de voto, seguida por Marina (25%) a Aécio (8%). Nesse segmento, 9% deverão votar em branco ou nulo e 22% ainda não escolheram seu candidato ou não responderam a pergunta. Já no voto estimulado, ou seja, aquele em que a lista de candidatos é apresentada ao entrevistado, Dilma abriu oito pontos de vantagem na liderança entre a população negra do Brasil, aparecendo com 40% das intenções de voto desse segmento étnico.

O que representam os dados
A socióloga e especialista em pesquisa de opinião Fátima Pacheco Jordão, coordenadora do estudo, aponta aspectos do comportamento desses dois segmentos no Brasil. Segundo ela, os dados mostram como o eleitorado ainda está avaliando as opções para o cargo e, nesse contexto, as mulheres continuam levando mais tempo para definirem seu voto. "Assim como nas eleições anteriores, o voto feminino continua sendo um voto mais reflexivo”, avalia Fátima.
 
De acordo com a socióloga, o processo de amadurecimento da escolha eleitoral tem um recorte de gênero e, em diferentes níveis, perpassa a geografia, a escolaridade e os ciclos de vida do eleitorado. Nesse sentido, as mulheres aguardariam mais informações para definirem seu voto e observariam com maior rigor as propostas e promessas de políticas públicas, uma vez que elas mesmas são as principais usuárias dos serviços públicos, representando 51,3% do contingente populacional brasileiro.
 
Já com relação à mudança no peso do eleitorado negro, Fátima interpreta que isso revela que a população brasileira cada vez mais se reconhece na sua identidade racial. No que tange às campanhas no horário eleitoral, o estudo indica que Dilma e Marina recebem avaliação similar por parte da população. "Chama a atenção o distanciamento dos autodeclarados pretos em relação ao programa, que pode ser explicado pelo fato da questão racial não aparecer com ênfase nas campanhas. A não ser na exibição de alguns e algumas modelos negros e negras, a população negra não se vê representada nos programas”, aponta Fátima.


Como pode influenciar
Em entrevista à Adital, Fátima avalia que essa característica do eleitorado feminino tardar mais a decidir o voto pode influenciar no curso das eleições, como na geração de um segundo turno de votação. "Como foi o caso das últimas eleições presidenciais, em que não se esperava o segundo turno entre Dilma e José Serra [na época candidato pelo PSDB]”, exemplificou.
 
Relativo à população negra, ela diz que esse eleitorado crescente pode influir na integração de brasileiros/as negros/as nas peças de campanhas publicitárias eleitorais, mas ainda sem levantar questões sobre o racismo propriamente dito. "Eles são tratados apenas nos períodos eleitorais. Fora destes, não se vê um debate incisivo que resulte numa transformação da sociedade”, analisa a socióloga.

Marcela Belchior

Jornalista da ADITAL

Agentes da Pastoral da Mulher de Juazeiro participa do “Cine Diálogos” em Belo Horizonte – MG

As agentes Fernanda Lins e Ana Paula Silva, integrantes da equipe da Unidade Oblata de Juazeiro/Ba, estiveram participando no último dia 04 de setembro de um espaço de debates e reflexões intitulado “Cine Diálogos”, onde foi exibida a obra cinematográfica “Cinderelas, lobos e um príncipe encantado.

O filme relata dados de pessoas traficadas pelas fronteiras internacionais para fins de exploração sexual e mostra a esperança de mulheres brasileiras na busca pela melhoria de vida e o sonho do encontro com o “príncipe encantado”.

Dentre os diferentes aspectos abordados, o filme faz uma crítica sobre os imaginários e estereótipos acerca da mulher brasileira, especialmente a negra, abordando a questão racial e denunciando posicionamentos moralistas e excludentes, presentes no processo histórico do Brasil.

Além de Fernanda Lins e Ana Paula Silva, estiveram presentes na mesa de debate: Joel Zito Araújo, diretor do filme; Beth Campos, do Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra a Crianças e Adolescentes de Minas Gerais; Betinho Duarte – Comitê Coração Azul de Minas Gerais e Laura Maria – Presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais – Aprosmig. 



sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Prostituição em penitenciária dispõe até de catálogo virtual na Bahia

12/09/2014 às 11:00  

Parte dos arquivos foi apreendida, em abril em 2013, em celulares de internos da Lemos Brito (Foto: Joá Souza/Agência A Tarde)
"Existe prostituição dentro da penitenciária e não é de hoje. As mulheres são agenciadas pelos próprios presos. É a forma que eles têm de ganhar dinheiro. É gente perigosa. Vocês, jornalistas, não deveriam mexer nisso. É coisa para a polícia", afirmou uma mulher que, há 18 anos, frequenta as imediações do Complexo Penitenciário do Estado, em Mata Escura.

Ela disse, ainda, que conhece a maioria das mulheres que vão visitar os internos e, por medo de represália, pediu para não ser identificada.

Denúncia feita pelo Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb) dá conta da existência de um catálogo de prostitutas que circula entre os presos da Penitenciária Lemos Brito (PLB).

De acordo com Geonias Santos, presidente do sindicato, o catálogo é uma pasta digital cheia de fotos de mulheres nuas, seminuas e em posições eróticas que circula nos celulares dos presos. É por meio deste catálogo que eles escolhem as mulheres para fazer sexo.

"Paga-se de R$ 1.700 a R$ 2 mil por um programa. Depois, o preso dá um gelo na prostituta para obrigá-la a  baixar o preço. A maioria vem da orla. Existe, inclusive, um Disque Itapuã.  Em cada unidade da Lemos Brito, existe essa prostituição exacerbada", afirma Geonias Santos.

Parte do catálogo, segundo ele,  foi apreendida em abril passado nos celulares de internos do módulo 5 da PLB, cuja população carcerária era de 472 presos até o final de agosto, segundo a direção da unidade.

Controle precário

Conforme denúncia do Sinspeb, as garotas de programa se cadastram e entram na unidade como se fossem companheiras dos internos. "Muitas chegam lá e não sabem nem o nome do preso que estão indo visitar. Na PLB, já ocorreram vários casos desse tipo, de a pessoa precisar olhar o nome na carteira [documento que a visita faz, com o nome dela e do interno, para ter acesso ao preso]", afirma o presidente, Geonias Santos.  "Essa carteira não representa controle algum", finaliza.

O diretor da Lemos Brito, Everaldo Carvalho, confirma a existência de prostituição na unidade, mas não do catálogo. Ele disse que a instituição passou a exigir mais documentos da visitante, inclusive dos internos, para combater a prática.

O catálogo também é novidade para o diretor de gestão prisional da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), major Júlio César.  "Eu fui pego de surpresa com esse catálogo porque a pessoa, para ingressar no estabelecimento prisional, precisa passar por um processo de identificação de vínculo e até mesmo de amizade com o interno. É um absurdo isso", afirmou.

Fonte: Portal A Tarde

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Páscoa de Padre Serra foi celebrada na Unidade Oblata - Juazeiro.

No dia 10 de setembro @s agentes Joice Oliveira, Janete Rodrigues e Josimar Fernandes realizaram uma celebração em memória à Páscoa de Padre Serra com as mulheres que estavam presentes na sede para participar da 2ª turma da oficina de informática e ainda os demais agentes da Pastoral.

Foi um momento breve que possibilitou fazê-las conhecer um pouco da história deste homem, o legado deixado e exemplo de dedicação e persistência. Assim, contou se um pouco de sua trajetória até o dia em que fundou a Congregação das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor.

Também foi lida uma mensagem de reflexão feita pelas agentes Joice e Janete e depois viveu se um pouco do cuidado que Serra teve com as mulheres onde Josimar, representando o ser masculino, acarinhou a todas presentes passando óleo bento na testa e dizendo palavras de incentivo. 

Elas gostaram muito e disseram que se sentiram muito bem. Realmente foi um momento especial.


    

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Termina nesta quarta-feira o prazo de inscrições para o Prêmio Rose Marie Muraro

As inscrições para o Prêmio Rose Marie Muraro: Mulheres Feministas Históricas podem ser feitas até esta quarta-feira (10/09). Promovido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a iniciativa busca reconhecer o papel de mulheres que há meio século fazem história e participam das mudanças ocorridas na sociedade brasileira.

O prêmio é destinado a mulheres com mais de 75 anos que atuaram ou atuam na vida pública nacional. Os temas podem envolver ações científicas, tecnológicas, culturais, educacionais ou artísticas, em gestão pública e privada, nos movimentos sociais, nas organizações não governamentais, nos sindicatos e partidos políticos.

Seis pessoas vão receber um valor de R$ 50 mil cada. As interessadas podem fazer a inscrição e apresentar um memorial contando suas experiências no endereço 
mulheresfeministas@spm.gov.br. Consultas sobre as regras do concurso podem ser feitas no link:http://www.spm.gov.br/Editais/editais-2014/chamada-publica-premio-rose-muraro.

A premiação homenageia a intelectual e feminista Rose Marie Muraro falecida em 21 de junho de 2014. Autora de 44 livros sobre os mais variados temas e que atuou em diversas áreas, como direitos das mulheres, feminismo e político.


Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Governo Federal

Grupo de Teatro Mariart's entra no Concurso de Poesia, Música e Narrativa do Institudo das Irmãs Oblatas

Inicialmente a proposta de trabalho para o 2º semestre foi apresentada para as mulheres do Grupo de Teatro Mariart's' com objetivo de reiniciar os trabalhos de apresentações teatrais através de construções, formações, participações externas e ainda preparos grupais com psicólogo. A partir daí foi apresentada a proposta da participação do grupo no concurso de poesia, música e narrativa, proposto pelo Instituto das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, em prol dos 150 anos da abertura da primeira casa de acolhimento na Ciempozuelos (Espanha) em 1864.

No dia 22 de julho foi iniciado o trabalho de preparação, onde foi ressaltado  mais uma vez a proposta do concurso e lido em conjunto os critérios do mesmo. Com a aceitação do grupo em participar, começamos a produção através do estudo sobre o histórico da missão para que as mulheres pudessem relembrar o contexto e assim confeccionar um texto com as principais propostas.
Foi escolhido por unanimidade pelo grupo fazer uma versão da música “Whe are the world”. E assim começaram as produções, à medida que a letra foi sendo construída as mulheres se mostravam bastante motivadas, e assim se permaneceu até o fim da construção, onde criatividade, união e determinação, foram as palavras chaves para o lindo resultado alcançado.

Desde então, mais cinco encontros foram marcados para ensaio, onde em um deles elas puderam contar com a ajuda técnica de canto do músico e compositor da região  Mario Pires, dicas de entonação de voz, coral e adaptação da letra fizeram parte de uma tarde animada na sede da Pastoral. 

No dia 08 de agosto foi celebrado na Pastoral da Mulher os 150 anos junto com as mulheres atendidas, onde o grupo teve a oportunidade de apresentar a música para toda equipe pastoral e as demais mulheres que se encontravam na sede. Com aprovação das pessoas ali presentes, todas cantando o refrão juntas e aplaudindo, proporcionou mais segurança para que o grupo continuasse na preparação do clipe da música.

Com o auxílio do parceiro João Paulo do Setor de Comunicação da Diocese (SEDICA), as mulheres gravaram o áudio da música no estúdio e em seguida seguiram para a lagoa de Calú e Orla Nova (pontos turísticos de Juazeiro-BA) para filmagens do clipe.

Com o trabalho realizado com êxito e satisfação, agora as mulheres do Grupo Mariart's estão no aguardo do resultado do concurso. Mas desde já contentes em mostrar através da arte a gratidão do trabalho realizado pelo Instituto das Irmãs Oblatas e a importância do mesmo na vida das mulheres.


Confira nosso vídeo em:

https://www.youtube.com/watch?v=ZL7r3Kj137I







terça-feira, 2 de setembro de 2014

Mulheres concluem etapa de formação com 1ª turma da Oficina de Informática da Pastoral da Mulher em Juazeiro.

No último mês de agosto, encerrou-se a 1° turma da Oficina de Informática promovida pela Pastoral da Mulher, Unidade Oblata em Juazeiro Bahia. A atividade iniciada em junho, teve duração de 21 dias e foi uma oportunidade oferecida às mulheres acompanhadas de aprenderem a manusear o computador, através das noções de informática básica: Windows, Word, Excel, Internet e Redes Sociais.

O momento foi de bom aproveitamento por parte das mulheres que disseram ter superado muitas dificuldades em relação ao uso da tecnologia, sendo que outras nunca tiveram acesso à máquina.



Ao final da atividade foi notório que o desempenho delas havia melhorado muito, pois já praticam a informática em outros ambientes, inclusive lan houses.

Vou à lan house e levo a apostila para praticar um pouco, assim consigo aprender mais.” (Socorro Silva)

Eu tinha um medo de usar o notebook da minha filha, ela não tinha paciência de me ensinar. Hoje nem peço ajuda à ela!.” (Cícera Pereira).




A oficina de informática foi encerrada com 07 mulheres participando assiduamente dos encontros. E com gostinho de “quero mais”, elas estão otimistas para conseguir um trabalho, pois agora com os conhecimentos básicos da informática, apresentam um diferencial diante da sua situação anterior.





Além desses novos conhecimentos adquiridos, superaram várias outras dificuldades como melhora na leitura e escrita, que primeiramente é parte de um processo educativo – contribuiu a agente Mônica Siqueira.





Agentes da Unidade Oblata de Juazeiro - Bahia participam de Congresso Internacional em Belo Horizonte

As agentes Fernanda Lins e Ana Paula Silva, integrantes da equipe da Unidade Oblata de Juazeiro/Ba, estão participando do Congresso Internacional Diálogos pela Liberdade – Prevenção ao Tráfico de Pessoas”, promovido pela Pastoral da Mulher de Belo Horizonte, em parceria com o UNODC - Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime no Mercosul e a OAB - Ordem dos Advogados do Brasil/Minas Gerais.

O evento está acontecendo desde o dia 1º de setembro e encerra-se hoje (dia 02) com  as seguintes temáticas:

  • CAUSAS SOCIOECONÔMICAS DO TRÁFICO COM FINS DE EXPLORAÇÃO SEXUAL
  • MARCO LEGAL DO ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS E SITUAÇÃO ATUAL NO BRASIL
  • UMA VISÃO CRÍTICA DAS POLÍTICAS DE ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS
Além disso, Fernanda e Ana Paula estarão realizando um momento de debate com os participantes após assistir ao filme "Cinderelas, Lobos e Príncipe Encantados". O documentário aborda a questão do turismo sexual e do tráfico de mulheres brasileiras com entrevistas no nordeste brasileiro e na Europa.

Fernanda Lins e Ana Paula