quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Campanha internacional de combate à violência contra as mulheres

Veja as fotos! - 1 (© Marizilda Cruppe Divulgação)
 
Cauã Reymond estrelou a campanha internacional de combate à violência contra as mulheres.
O projeto do Banco Mundial será lançado na próxima sexta-feira (1), em Brasília, e tem como objetivo esclarecer que lei Maria da Penha não é apenas contra maridos e namorados.
Além de Reymond, Gabriel Braga Nunes, Rodrigo Simas e Thiago Fragoso também participaram da campanha.
 
Veja as fotos! - 1 (© Marizilda Cruppe Divulgação)

115 Anos da Páscoa de Madre Antônia

 
 
 
Próximas a comemorar os 115 anos da morte de Antônia Maria da Misericórdia, de sua Páscoa no dia 28 de fevereiro, estamos convidadas (os) a dar um mergulho e assim aprofundar no jeito dela fazer história. Mas uma história, como argumentam os/as teólogo(as) da libertação, que se escreve ou se constrói a partir de um determinado lugar social, e assim poder perceber as mudanças que na pessoa de Antonia foram acontecendo.

Nesse intuito, apresentamos o histórico de Antonia numa versão popular, muito simples. Este histórico tem quatro etapas bem diferenciadas: a Infância, a Adolescência, a Juventude e a Terceira Idade.

Entretanto, ficar numa cronologia baseada só nisso que chamamos de tempo como categoria filosófica, não teria muito sentido. Tentamos, sobretudo, ressaltar fases de sua vida onde ela foi construindo-se como sujeito. Nesse sentido queremos trazer a tona uma expressão de Paulo Freire: “A “humildade” é uma virtude revolucionária. Ser humilde significa aceitar-se como ser histórico, como ser inacabado, aceitar participar coletivamente da construção da história1”. E intuímos que Antonia aceitou esse desafio ao longo de sua caminhada com algumas certezas, como a certeza nesse Deus que constituía não só a bússola de sua vida senão como o companheiro na estrada do dia a dia que lhe vai mostrando outros roteiros a partir da realidade sócio-política e eclesial onde ela estava inserida. Aquele que lhe fez virar a concepção desse sagrado, de um Deus que estava no Convento de Clausura: o Deus do intimismo, da tranquilidade, do silêncio, da música gregoriana embora muito importante por certo, ao Deus presente nas mulheres que estão na prostituição: “Quero que minhas filhas vejam nelas a imagem do Redentor”. Com tudo o que carrega este grupo social de estigma, preconceito, discriminação, dupla moral e hipocrisia da sociedade.

Experimentar a Deus com o pé nesta realidade lhe faz mudar a sua maneira de se comprometer na construção como sujeito com outras não consideradas como tais. Nesse sentido, Antonia teve que fazer todo um processo de desconstrução desse imaginário que tinha acerca das mulheres da prostituição.

Vejamos: Antônia diante do primeiro convite do Padre Serra a solidarizar-se com as mulheres só consegue se comprometer à distância: “Vossa Excelência e eu podemos trabalhar de modo indireto. Eu darei meu dinheiro e farei o que possa, ainda que me repugne. Falei com meus tios e se opõem abertamente. Não lhes parece bem eu tome a decisão de tratar diretamente com essa “classe de mulheres2”

Antonia precisou pisar no seu próprio chão, sentir sua realidade através de todos seus sentidos, precisou da compaixão: sentir com; e da simpatia, do grego sem pathos: sentir junt@s. E uma vez feita esta experiência ela descobre o que faz a diferença.

Ela não sente, não vê ou experimenta o mesmo ao aproximar-se ao hospital e às ruas quanto à realidade das mulheres, que o que sente estando no palácio, na tarefa de educadora das princesas. Este é o lugar social do poder e da distância. Estava num lugar de superioridade e ainda não estava disposta a perder privilégios, nem a tolerar a discriminação posta sob as mulheres. E menos ainda, suportar de graça a exclusão por compartilhar com as mulheres ou sentir-se incluída dentro de um setor social submetido a inúmeros vexames e preconceitos. Um setor que não dá “marketing” , e do qual custa pensar que está integrado por pessoas humanas, cidadãs que são iguais a nós, ainda que em situação diferente. Para isto é necessário uma experiência profunda de misericórdia, solidariedade e de consciência política no sentido amplo da palavra.

Mas Antonia animou-se a romper com o palácio, com o lugar de poder, com a “neutralidade” e pôs sua casa entre este grupo de mulheres. Deu também um salto qualitativo: de vê-las e senti-las com repulsa, descobre que são pessoas humanas e ainda mais, algo assim como uma heresia ético-teológica para seu tempo e talvez para o nosso: Graça de Deus. “As mulheres prostituídas são a graça de Deus”. Desde esta mudança de lugar social, desde essa experiência de êxodo, a partir da desconstrução das crenças, de seu imaginário no que diz respeito da realidade das mulheres em prostituição, Antonia chega a se identificar com o princípio da misericórdia: “Amarás ao próximo/a como a si própria”. Agora pode afirmar com certeza que são suas próximas. “Eu amei muito a todas com verdadeiro carinho de mãe e continuarei fazendo o mesmo por toda eternidade (Testamento de Madre Antônia)
Antonia ao deixar-se tocar pela realidade das mulheres se faz próxima das mulheres em prostituição, cria de mãos dadas com elas, um espaço onde possam sentir-se e perceber-se como pessoas, sujeitos históricos, conquistando sua voz e sua vez dentro da sociedade e das Igrejas. E não presas da humilhação e da culpa de herança milenar que é bem diferente da humildade da qual, Paulo Freire, faz questão. Antonia como participante ativa da construção coletiva da história, foi vivenciando cada etapa de sua vida, se foi empoderando como mulher, fazendo opções algumas mais livres e outras talvez condicionadas pelo contexto familiar, social, cultural, político e eclesial. Antonia no seu percurso histórico, na travessia das fases de sua vida, demonstrou quanto é importante desenvolver sua capacidade de resiliência no meio das adversidades inerentes à condição humana, desabrochando a cada instante e desenvolvendo sua enorme capacidade criativa que se refletiu na sua abundante produção literária, sua expressão artística, sua qualidade humana nas relações de amizade, de sororidade e fraternidade, sua luta política, sua maturidade até poder dizer ecoando as palavras de Leonardo Boff, em uma entrevista ao completar seus 70 anos: “a velhice é uma oportunidade que Deus e a vida me oferecem para concluir o que um dia começou: a plasmação de minha própria vida para que ela chegue a certa plenitude a semelhança de uma fruta que deve madurar para ser recolhida para o festim do Senhor... e com um caminho não para o fim, mas para a Fonte de perene juventude divina.”
*Texto adaptado e redigido por Ir. Manuela Rodriguez - OSR

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Combate ao tráfico de pessoas é falho, aponta relatório da PF

Relatório produzido por Polícia Federal, Ministério da Justiça e ONU mostra que o número de presos por participação no tráfico internacional de pessoas é bem menor do que o número de suspeitos investigados e indiciados pela Polícia Federal.
 
Dados do relatório, divulgados ontem, revelam que, de 2005 a 2011, a PF indiciou 381 suspeitos de envolvimento com o tráfico internacional de pessoas para exploração sexual, mas apenas 158 deles foram presos. O relatório mostra que 157 inquéritos foram instaurados, gerando 91 processos judiciais.
 
Segundo o governo, as prisões não espelham a dimensão do problema para o país.
"O estudo mostra que o sistema de Justiça criminal funciona como um funil. Deveria ser um processo distribuído para cada inquérito", disse o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão.
 
 
Ontem, o governo lançou a segunda fase do programa de combate ao tráfico de pessoas, que prevê a criação de dez novos postos para atendimento a vítimas nas fronteiras do país, que conta com apenas 13 postos.

A ministra Eleonora Menicucci disse no evento que o quadro do tráfico retratado pela novela Salve Jorge, da Rede Globo, "é muito pouco" e que o cenário real é "muito mais grave e preocupante".
O programa prevê ainda a capacitação de 400 agentes de segurança pública e o aumento dos acordos internacionais, como o que possibilitou a prisão de uma quadrilha que explorava brasileiras na Espanha.

FERNANDO MELLODE BRASÍLIA


Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1237514-combate-ao-trafico-de-pessoas-e-falho-aponta-relatorio-da-pf.shtml




Na última audiência, Bento XVI diz que papado teve 'águas agitadas'

Falando a milhares, Papa disse que Deus não deixará que a Igreja 'afunde'. Ele vai renunciar ao pontificado nesta quinta (28) e se tornar 'Papa Emérito'
 
O Papa Bento XVI saúda os fiéis na audiência pública desta quarta-feira (27) no Vaticano (Foto: AFP)
 
O Papa Bento XVI disse nesta quarta-feira (27) que tem "grande confiança" no futuro da Igreja Católica e afirmou que seu papado teve "águas agitadas", ao falar publicamente pela última vez como pontífice, um dia antes de sua renúncia.
 
Milhares de fiéis se reuniram na Praça de São Pedro, no Vaticano, para assistir à última audiência pública do pontificado de Bento XVI.
 
Falando à multidão, Bento XVI afirmou que seu papado, iniciado em abril de 2005, teve alegrias, mas também muitas dificuldades. O pontífice disse que enfrentou "águas agitadas e vento contrário".
"O Senhor nos deu muitos dias de sol e ligeira brisa, dias nos quais a pesca foi abundante, mas também momentos nos quais as águas estiveram muito agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja e o Senhor parecia dormir", disse. Mas ele afirmou ter fé em que Deus não vai deixar a Igreja "afundar".
 
Estou realmente emocionado e vejo uma Igreja viva", disse o Papa, sempre bastante aplaudido pela multidão.
Ele voltou a afirmar que sua renúncia, anunciada de maneira surpreendente em 11 de fevereiro, foi decidida "não para seu bem, mas para o bem da Igreja", e reiterou que sabe "da gravidade e da novidade" da decisão que tomou.
"Amar a Igreja significa também ter a valentia de tomar decisões difíceis, tendo sempre presente o bem da Igreja, e não o de si próprio", disse.
O pontífice, de 85 anos, afirmou que "não vai abandonar a Cruz" e que, pela oração, vai continuar a serviço da Igreja. "Minha decisão de renunciar ao ministério petrino não revoga a decisão que tomei em 19 de abril de 2006 (ao ser eleito Papa)", disse.
"Não abandono a cruz, sigo de uma nova maneira com o Senhor Crucificado, sigo a seu serviço no recinto de São Pedro", completou.
Bento XVI também pediu que os fiéis orem pelos cardeais que, após a renúncia, terão de eleger seu sucessor, em uma tarefa que ele considera difícil.
"Orem pelo meu sucessor! Que Deus os acompanha", disse o Papa.
 

Juventude que ousa lutar, constrói o projeto popular é o lema do 19º Grito dos Excluídos

19º Grito dos Excluídos 2013
 
 
Durante a tarde do dia 21 de fevereiro, em São Paulo, a coordenação do Grito dos Excluídos acolheu as sugestões de vários grupos, comunidades, dioceses, movimentos, sindicatos, definindo o lema da 19º edição do Grito dos Excluídos: Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular. O Próximo encontro nacional dos articuladores e articuladoras do Grito acontecerá nos dias 26 a 28 de abril, em São Paulo.
 
 
por http://www.semanasocialbrasileira.org.br

Conselho da Mulher em Juazeiro planeja ações diversas


 
Conselho da Mulher em Juazeiro planeja ações diversas alusivas ao dia da mulher no mês de março

O CMDDM – Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher de Juazeiro vem planejando uma programação extensa durante o mês de março em celebração ao dia internacional da mulher.

As conselheiras vêm se reunindo desde janeiro para pensar ações que venham a possibilitar as juazeirenses, momentos de celebração das conquistas e refletir as lutas que ainda tem a se alcançar.

Atualmente o Conselho da Mulher de Juazeiro é composto por diversas instituições que lutem em defesa dos direitos das mulheres a exemplo do Ciam – Centro Integrado de Atendimento a Mulher, Pastoral da Mulher, Deam – Delegacia de Atendimento a Mulher, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, partidos políticos, Secretaria de Educação, Apae, Seadruma, Are 23 e demais organizações.

Tod@s, mulheres e homens da sociedade no geral estão convidados a se fazerem presentes nestes momentos valorosos.

Confira a programação:

DATAS
AÇÕES DESENVOLVIDAS
LOCAL
01/03
Sexta
14:30h
 
Seminário sobre Violência e Gênero Dr. Darlindo.
 
 
Auditório do CIAM
05/03
Terça
8:30h
 
Seminário: “A atuação da Mulher nos diversos espaços da Sociedade” – Mestranda Ana Barbosa
 
Auditório do CIAM
 
08 de Março
Sexta
16h
 
 
17ª Caminhada da Mulher
 
 
 
Saída do CIAM às 16h percorrendo as principais ruas do Centro da cidade e finalizando na Praça da Bandeira com Show musical durante todo o percurso.
 
09/03
Sábado
8h
9ª Grande Caminhada na Zona Rural - Distrito de Maniçoba com concentração no Posto Justino Mota – Vila Santa Inês.
 
Projeto Maniçoba
 
15/03
Sexta
9h
 
 
Café da Manhã com mesa redonda sobre as conquistas das Mulheres Negras com Matrizes Africanas e Quilombolas
 
 
 
Barrinha da Conceição
19/03
Terça
8h
Palestra: Direitos da Mulher – Lei Maria da Penha
Dra. Rosineide
Auditório do CIAM
26/03
Terça
8:30h
Debate: Gênero e Raça
Palestrante: Marli Carvalho
Auditório do CIAM
 
Dias 13, 20 e 27/03
Cine Clube em Escolas da Zona Rural
10h
 
 
 
Exibição do vídeo “Acorda Raimundo”
Debate sobre gênero
Escolas Municipais:
*Projeto Mandacaru;
* Distrito de Salitre (Campos dos Cavalos);
*Distrito de Carnaiba do Sertão.